O nosso direito termina quando começa o direito alheio…

“Atualmente fala-se muito sobre liberdade de expressão, mas as pessoas sabem ao certo, o que significa viver num país com direitos? Essa liberdade, é tida como falar o que pensa, esperando que o outro não reclame, não resmungue e não responda, ou seja, é ter o total poder de aniquilar uma pessoa com palavras, sem ter a menor responsabilidade depois, do que aquilo irá causar naquela pessoa. Mas as pessoas se enganam, ao achar que isso é possível. Uma pessoa tem o direito de falar o que pensa, mas o outro tem o direito de responder, falando o que pensa, e assim o direito de expressão é usado por todos. Ou seja, estão reivindicando um direito que já estão tendo, pois o outro tem o direito de se incomodar, de reagir ou de não querer ouvir.

Todo mundo conhece aquela máxima, do nosso direito termina, quando começa o direito do outro, e isto se aplica a tudo, não apenas em algumas circunstâncias da vida. Já cheguei a conclusão de que as pessoas não sabem mais o que querem, estão é seguindo pensamentos revoltosos sociais, e se perdendo do que realmente é necessário haver num país. Perdeu-se o lema de viver com direitos iguais e está instaurando-se o lema que do que me incomoda é bom se for aniquilado.

A verdade é muito relativa. Não existe única verdadeira, o que a torna com a impressão de ser única, é o fato de um grande número de pessoas acreditarem nela e um número menor não. Se trocassem o número de quantidade de pessoas, a verdade menor, passaria a ser a única verdadeira. Ou seja, nunca vai haver uma verdade universal, a menos que todos acreditem nela.

Quando as pessoas se colocarem mais no lugar do outro, vão reformular a vontade de dizer a verdade, tendo mais vontade de compreender o outro e respeitá-lo. A busca pela liberdade de expressão traz muitas fantasias, e ela, se mistura com a má educação, de querer dizer o que pensa, sem ao menos ter sido pedido a opinião.

O que falta no país, atualmente, não é liberdade de expressão, e sim, bom senso, tolerância e compaixão; justamente por estarmos lidando com seres humanos e não com objetos de manipulação e de consumo.”

Juliana Mattos

(Fonte: Enviado por Juliana Mattos em 15/04/2013 Reeditado em 16/09/2013 Código do texto: T4242410 – http://www.recantodasletras.com.br/artigos/4242410 – Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons – http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/br/. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (Citar a autoria de Juliana G. de Mattos). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas)

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