Nasci em maio de 1947, em Amontada, interior do Ceará. Cidade com menos de 3.000 habitantes, sem escola ou qualquer tipo de infraestrutura onde seus filhos pudessem vislumbrar um futuro melhor.
Em 1954, meu pai, um pequeno comerciante, mudou-se com a pequena família para capital com o objetivo de colocar o seu filho único na escola e um dia ser um doutor.
Aos 7 anos comecei a trabalhar vendendo frutas de porta em porta para ajudar a pagar a escola. Meu pai me dizia quanto custava cada dia de aula e que se possível, deveria sobrar um pouquinho para ajudar na comprados livros, da farda e do único par de sapatos. Aprendi a fazer contas muito cedo, quanto valia cada centavo e nunca mais parei de trabalhar o que não me impediu de realizar o sonho do meu pai me formando em Economia pela Universidade Federal do Ceará.
Passei minha infância e adolescência no pequeno comércio até que veio o primeiro emprego formal, na IBM do Brasil.
Fui professor universitário, entrei no mercado financeiro, montei a Bolsa de Valores do Ceará e em 1977, aos 30 anos, constituí a minha primeira empresa, a Pax Corretora de Valores.
Em 1981 dei início ao meu sonho de adolescência, ser um empreendedor varejista, montei a Pague Menos, primeira rede do varejo brasileiro presente em todos Estados inclusive no Distrito Federal, contando hoje com 700 lojas, mais de 17.000 colaboradores diretos e faturamento superior a R$ 4,4 bilhões de reais.
Ao completar 60 anos de trabalho ininterrupto me considero uma pessoa bem sucedida. Não pelo fato da revista Forbes de agosto de 2013 ter me colocado como o 46º homem mais rico do Brasil e sim pelo sucesso obtido nos segmentos mais importante para o ser humano, qual seja; o sucesso na família,na saúde, profissional, social e espiritual.
Com as bênçãos de Deus e a ajuda da minha querida esposa, Auricélia, com quem convivo há 42 anos, construímos uma bela família com 4 filhos e 14 netos. Tenho orgulho da minha trajetória e de uma forma toda especial sempre tive muito orgulho de ser brasileiro.
Vivi intensamente os últimos 50 anos. Vi o Brasil atravessar grandes desafios: revolução, inflação galopante, planos econômicos, problemas políticos de toda ordem, mas nunca deixei de amar o nosso país. Viajo muito pelo Brasil e para fora dele e a cada retorno constato que realmente o Brasil é um país “abençoado por Deus e bonito por natureza”.
Poucas semanas após o fatídico 11 de setembro estive nos Estados Unidos da América, inclusive fora de Nova York, e vi uma nação unida com bandeiras nas janelas como nunca tinha visto. Confesso que voltei com um sentimento de inveja, pois é indiscutível se reconhecer que brasileiros amamos o nosso país, mas não demonstramos, a não ser quando somos confrontados por estrangeiros, principalmente argentinos.
O Brasil vive uma página da sua história “como nunca antes se viu neste país”. Imprensa livre, judiciário independente, corruptos indo para cadeia. Investimentos em todos os setores; siderúrgicas, refinarias, estradas, ferrovias, portos e aeroportos. O país é um verdadeiro canteiro de obras publicas e privadas. Nosso país em breve será o celeiro do mundo; maiores produtores de proteína animal, de soja e anualmente batemos recordes na produção de grãos.
Há pouco tempo um nosso ex-presidente da república alimentava o desejo de que o salário mínimo correspondesse ao valor de US$ 100 dólares, hoje é mais de US$ 300, dez anos atrás para se comprar um carro popular, um Gol 1000, por exemplo, se pagava mais de 150 salários mínimos, hoje se paga menos de 50.
Estamos com o menor índice de desemprego da nossa historia e um dos menores do mundo. Mais de 40 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza absoluta e passaram a ter acesso a bens e serviços antes desejos de difícil realização. Não sou filiado a nenhum partido. O meu partido é o Brasil S/A e é pela sua brava gente que tenho orgulho de ser brasileiro. Escrevo esta mensagem por dois motivos: o primeiro; para registrar a minha insatisfação em ver pessoa de bem, verdadeiros cidadãos que por falta de informação estão sendo influenciados a apoiar vândalos, marginais que a título de reivindicar seja lá o que for destroem o patrimônio publico e privado.
Não sou contra as manifestações mas existe a forma correta de ser feita, ordeira sem destruir o que foi construído com tanto sacrifício, até porque seja qual for o bem, este não é do governante ou do partido e sim de todos que direta ou indiretamente contribuíram para sua construção. Uma boa hora de protestar é no dia 5 de Outubro quando formos escolher os nossos representantes.
Segundo; se o brasileiro é apaixonado por samba e futebol, a sua primeira paixão tem de ser em receber bem a todos que vem a nossa casa. O brasileiro é conhecido no mundo inteiro como sendo um povo alegre e acolhedor, sempre pronto a dar uma informação com o sorriso que encanta. Países menores que o Brasil recebem até dez vezes mais turista que nos, chegou a hora de mostrarmos as nossas belezas naturais, o nosso bom humor, a nossa hospitalidade.
Desejo fazer um apelo aos nossos mais de 8,0 milhões de clientes e seus familiares que todo mês frequentam nossas lojas para fazer uma trégua e torcer pela seleção brasileira de tal forma que todos juntos de peito aberto e o coração a gargalhar possamos cantar… EU SOU BRASILEIRO/COM MUITO ORGULHO/COM MUITO AMOR ÔÔ.
Deusmar Queirós
Fundador e Presidente do Grupo Pague Menos