Relacionado aos casos de câncer de colo de útero, o Papilomavírus Humano (HPV) é comumente associado às mulheres. No entanto, o HPV também afeta homens e a persistência da infecção pelo vírus pode estar associada a casos de câncer de pênis e câncer anal.
Conferencista convidado do Simpósio Internacional de Pesquisa em HPV, o pesquisador norte-americano Alan Nyitray, do H. Lee Moffitt Cancer Center, apresentou, em 29 de abril, os resultados de um estudo que investigou a incidência da infecção anal por HPV em homens. O evento é realizado pela Fiocruz em parceria com o Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, a Johns Hopkins University (Estados Unidos) e o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
A pesquisa comparou a infecção pelo vírus entre homens de três cidades das Américas: São Paulo,Tampa (Estados Unidos) e Cuernavaca (México). Os voluntários deveriam apresentar dados sobre sua vida sexual recente, como número de parceiros (as) e se fizeram, nos últimos seis meses, sexo com mulheres, com homens ou com os dois. “Os dados preliminares indicam que a doença é comum tanto entre homens que tiveram apenas parceiras quanto nos que fizeram sexo com outros homens. Além disso, indicam que o número de parceiros ao longo da vida e a duração dos relacionamentos é fator epidemiológico importante no primeiro grupo, assim como o número de parceiros e o uso de camisinha é importante entre o outro grupo”, afirmou Nyitray. “A forma como o vírus é transmitido para o canal anal em homens que nunca tiveram relações sexuais com outros homens ainda é incerta, mas o contato com a região genital pode ser associado à infecção”, acredita.
A infecção por HPV em homens é geralmente transitória e não gera implicações clínicas. No entanto, em alguns casos, a infecção persiste e há uma maior chance de desenvolvimento de câncer anal. “A maioria das pesquisas nesta área é feita com homens que vivem com Aids ou homens que fazem sexo com homens. Nossa pesquisa é uma das primeiras a investigar homens que fazem sexo com mulheres”, explica Nyitray. “Durante o estudo, raramente foi observada a persistência da infecção anal por HPV entre homens que fazem sexo com mulheres. Ainda assim, foi verificada mais ocorrência do que esperado neste grupo.”
O pesquisador acredita que os resultados, embora preliminares, trazem um importante alerta. “O trabalho que temos desenvolvido ajuda a dar maior importância aos fatores que levam os homens – tanto homens que fazem sexo com homens quanto homens que fazem sexo com mulheres -, a serem infectados pelo HPV. Há pouca pesquisa sobre o assunto”, explica.
Ele alertou, ainda, que os resultados mostram que apenas 54% dos homens que se declararam homossexuais sabem que o HPV está relacionado ao sexo anal e apenas 52% sabem que a doença pode causar câncer. “Além de ainda precisarmos de muitas pesquisas na área, também é necessário mais investimento em informação. Precisamos mostrar que o HPV existe, mas é curável e nem sempre leva ao câncer”, completa. HPV no homem – Infecção anal entre homens
Relacionado aos casos de câncer de colo de útero, o Papilomavírus Humano (HPV) é comumente associado às mulheres. No entanto, o HPV também afeta homens e a persistência da infecção pelo vírus pode estar associada a casos de câncer de pênis e câncer anal.
Conferencista convidado do Simpósio Internacional de Pesquisa em HPV, o pesquisador norte-americano Alan Nyitray, do H. Lee Moffitt Cancer Center, apresentou, em 29 de abril, os resultados de um estudo que investigou a incidência da infecção anal por HPV em homens. O evento é realizado pela Fiocruz em parceria com o Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, a Johns Hopkins University (Estados Unidos) e o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
A pesquisa comparou a infecção pelo vírus entre homens de três cidades das Américas: São Paulo, Tampa (Estados Unidos) e Cuernavaca (México). Os voluntários deveriam apresentar dados sobre sua vida sexual recente, como número de parceiros (as) e se fizeram, nos últimos seis meses, sexo com mulheres, com homens ou com os dois. “Os dados preliminares indicam que a doença é comum tanto entre homens que tiveram apenas parceiras quanto nos que fizeram sexo com outros homens. Além disso, indicam que o número de parceiros ao longo da vida e a duração dos relacionamentos é fator epidemiológico importante no primeiro grupo, assim como o número de parceiros e o uso de camisinha é importante entre o outro grupo”, afirmou Nyitray. “A forma como o vírus é transmitido para o canal anal em homens que nunca tiveram relações sexuais com outros homens ainda é incerta, mas o contato com a região genital pode ser associado à infecção”, acredita.
A infecção por HPV em homens é geralmente transitória e não gera implicações clínicas. No entanto, em alguns casos, a infecção persiste e há uma maior chance de desenvolvimento de câncer anal. “A maioria das pesquisas nesta área é feita com homens que vivem com Aids ou homens que fazem sexo com homens. Nossa pesquisa é uma das primeiras a investigar homens que fazem sexo com mulheres”, explica Nyitray. “Durante o estudo, raramente foi observada a persistência da infecção anal por HPV entre homens que fazem sexo com mulheres. Ainda assim, foi verificada mais ocorrência do que esperado neste grupo.”
O pesquisador acredita que os resultados, embora preliminares, trazem um importante alerta. “O trabalho que temos desenvolvido ajuda a dar maior importância aos fatores que levam os homens – tanto homens que fazem sexo com homens quanto homens que fazem sexo com mulheres -, a serem infectados pelo HPV. Há pouca pesquisa sobre o assunto”, explica.
Ele alertou, ainda, que os resultados mostram que apenas 54% dos homens que se declararam homossexuais sabem que o HPV está relacionado ao sexo anal e apenas 52% sabem que a doença pode causar câncer. “Além de ainda precisarmos de muitas pesquisas na área, também é necessário mais investimento em informação. Precisamos mostrar que o HPV existe, mas é curável e nem sempre leva ao câncer”, completa.