Como tratar a queda do hormônio masculino?

Em: 23 de outubro de 2017

A expectativa de vida do brasileiro tem aumentado e a procura da longevidade e qualidade de vida tem desencadeado um interesse cada vez maior em identificar e tratar as deficiências hormonais que afetam o sexo masculino.

No homem a função testicular é afetada de maneira progressiva e o declínio na produção de testosterona é lento e gradual após os 40 anos. Assim, as manifestações clínicas do hipogonadismo do homem adulto, que representa a queda na produção de testosterona, são mais sutis, não sendo identificadas com facilidade, no entanto impactam negativamente na qualidade de vida.

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“ (…) a reposição de testosterona no homem idoso é um compromisso para toda a vida e, embora traga benefícios, deve ter um acompanhamento com seu urologista continuamente”

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O termo “andropausa”, utilizado com frequência para definir essa situação clínica, é incorreto. As alterações hormonais do homem idoso são mais bem definidas como Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino – DAEM, pois o decréscimo da produção de testosterona não é um fenômeno isolado, ocorrendo simultaneamente outras importantes alterações fisiológicas inerentes à idade.

As manifestações clínicas que acompanham a diminuição da testosterona são: alterações da capacidade de ter uma ereção rígida, falta de interesse sexual, mudança do humor, menor atividade intelectual, dificuldade de concentração, irritabilidade, problemas de memória e desorientação espacial. O déficit de testosterona pode causar também constantes episódios depressivos. Há um aumento progressivo da gordura abdominal (obesidade) e diminuição da massa muscular, que se agrava ainda mais pela falta de atividade física. Pode ocorrer uma diminuição da densidade mineral óssea resultando em osteoporose.

Portanto o diagnóstico de diminuição da testosterona no homem deve ser clínico e com exame de sangue para a avaliação com dosagem da testosterona total. Homens entre a quarta e a sétima décadas de vida apresentam tendência de queda da testosterona total em 1,2% ao ano e isso traz grande impacto na sexualidade, afetando a relação do casal.

Tratamento

A terapia de reposição hormonal com testosterona é a forma mais utilizada no tratamento dos homens com déficit de hormônio masculino e tem como objetivo restabelecer os níveis normais do hormônio masculino e diminuir os sintomas relacionados ao hipogonadismo. A reposição de testosterona deve seguir certos cuidados, de maneira a respeitar as necessidades biológicas do paciente e a manutenção de concentrações fisiológicas de testosterona no sangue, isto avaliado em consultas médicas com seu urologista.

Em nosso meio as formas mais amplamente utilizadas são as injeções intramusculares de testosterona de curta ação, que necessitam de aplicações a cada 15 dias. São tratamentos eficazes e de baixo custo, embora sejam necessárias múltiplas aplicações. A apresentação injetável de undecilato de testosterona de efeito prolongado é uma formulação que propicia níveis terapêuticos estáveis e fisiológicos por um período de 12 semanas. É uma opção terapêutica confortável, mas com custo mais elevado.

Recentemente, tivemos o lançamento no Brasil de testosteronas tópicas, na forma de gel, também com resultados eficazes e seguros para a reposição hormonal masculina.

É importante realçar que a reposição de testosterona no homem idoso é um compromisso para toda a vida e, embora traga benefícios, deve ter um acompanhamento com seu urologista continuamente.

Dr. Fernando Nestor Facio Jr. – São José do Rio Preto, SP

(Fonte: http://portaldaurologia.org.br/faq/como-tratar-a-queda-do-hormonio-masculino/, data de acesso 10/03/2018)

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