Tecnologia já foi implantada no Rio de Janeiro, onde não teve um bom começo. No Metrô paulistano, o reconhecimento facial deve chegar em três anos
Por: Leonardo Guimarães
Os “mais de três milhões de passageiros que usam o Metrô de São Paulo diariamente estarão sujeitos a um novo sistema de vigilância que tem a capacidade de identificar as pessoas via reconhecimento facial. A informação foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo.
O sistema ainda está em contratação e terá prazo de implantação de três anos e meio a partir da data de assinatura do contrato. O custo para o Governo do Estado de São Paulo ainda não foi revelado.
A intenção do Metrô é que seu sistema passe a contar com 5 mil e 200 câmeras, 3 mil a mais que as atuais 2.200 instaladas nas estações da capital paulista. O monitoramento passará a ser centralizado. Hoje, cada estação é responsável por monitorar as imagens que capta.
O presidente do Metrô, Silvani Pereira, disse à Folha que o projeto não está vinculado a Secretaria de Segurança Pública, mas há a possibilidade de realizar um convênio com a Secretaria, receber os dados do órgão e utilizar no novo sistema de monitoramento.
Dessa forma, o sistema pode identificar foragidos da Justiça e pessoas com mandado de prisão expedidos.
Preocupação com a eficiência
O reconhecimento facial ganha escala se realmente for usado no Metrô, mas outras cidades brasileiras já utilizaram a tecnologia. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia afirma ter prendido 41 pessoas usando o sistema, que foi implantado em uma estação de metrô e em um terminal de ônibus.
Uma das preocupações, porém, é a eficiência da tecnologia. No Rio de Janeiro, o sistema de reconhecimento facial da PM falhou e uma mulher foi presa por engano.
A SSP reconheceu o erro e lamentou o fato. Na cidade, as câmeras começaram a ser testadas no Carnaval.”