1 – Gestão de pessoas
10 características do falso líder
17/11/2010
*Por Patricia Bispo
Apesar dessa visível preocupação focada nas lideranças, há ainda quem detenha o “título” de líder, mas que na verdade, no dia a dia, não consegue nem dar um norte às próprias atividades quanto mais a uma equipe formada por pessoas com experiências e competências comportamentais completamente diferenciadas. Infelizmente, ainda, há pessoas que conseguem “driblar” a real visão de que pertencem ao grupo dos que apenas delegam ordens, mas que nunca conseguirão segurar o “leme” dos profissionais que estão sob suas responsabilidades. Abaixo, seguem algumas características dos falsos líderes.
- “Eu sei de tudo. Dou conta do meu departamento e não preciso de modismos”. Um verdadeiro líder sabe que seu desenvolvimento precisa ser constante. E mais: o aprendizado não ocorre somente de maneira formal, através de treinamentos. O gestor precisa ser autodidata e reconhecer que sempre é possível aprender com aqueles que formam seu time.
- Se a empresa institui um Programa de Desenvolvimento de Lideranças, o “pseudogestor” entra em pânico e é o primeiro a levantar a “bandeira da resistência”. Tenta convencer os demais gestores de que essa ação, desenvolvida pelo “tal RH”, é apenas para mostrar serviço e finca os “pés” na zona de conforto.
- Caso a área de Recursos Humanos procure o “falso líder” para dar respaldo às suas atividades ou, então, firmar parcerias que visem o bem-estar da equipe, torna-se visível a repulsa. Para ele, o RH nada tem a fazer em seu departamento e deve preocupar-se apenas com assuntos burocráticos. A “moda” de RH Estratégico é passageira e sua equipe não necessita de intrusos para atrapalhar.
- Quando uma atividade mais complexa precisa ser desenvolvida, o falso líder convocar um ou dois membros da sua equipe para realizar o trabalho. Determina prazos, mas não acompanha o processo. Ao final, cobra o conteúdo produzido, dirige-se à diretoria para cumprir das determinações e, em momento algum, cita que contou com a “ajuda” de terceiros. Os “louros” recaem sobre sua cabeça, o que garante a sua permanência no cargo de “liderança”.
- Outra característica de quem se autointitula de líder, mas que na prática passam bem longe, é acreditar que todos que estão ao seu redor cobiçam sua colocação na empresa. Quando identifica alguém que pode destacar-se e chamar a atenção dos dirigentes, imediatamente providencia o desligamento do profissional porque se sente ameaçado.
- Para o falso líder, a comunicação interna é pura perda de tempo. E indaga: “Por que parar para conversar com a equipe, se as pessoas terão que parar suas atividades por uma hora ou até menos? Todos têm que continuar a todo o vapor em suas atribuições, afinal são pagos para trabalhar e não para conversar, mesmo que os assuntos estejam relacionados à superação de metas.
- E por falar em metas, quando o “falso líder” percebe que seu setor ficará abaixo das expectativas da empresa, utiliza um estimulo motivacional, no mínimo, bizarro. Apela para gritos, ameaças de demissão e chega a cometer ações consideradas como assédio moral.
- A política de Portas Abertas para o “falso líder” só deve ser colocada em prática se a outra pessoa detém o título de liderança, é seu superior ou alguém que comparece à empresa para tratar de assuntos do seu próprio interesse
- Se uma equipe é o reflexo do seu gestor, aqueles que estão sob o julgo da “falsa liderança” apresentam sinais preocupantes para qualquer empresa como, por exemplo, desmotivação, situações de conflitos constantes entre os pares, presenteísmo, absenteísmo e baixo desempenho.
- Um péssimo hábito de um “falso líder” também se apresenta quando o processo de avaliação de desempenho chega às suas mãos, para que ele cumpra o papel de analisar a performance dos liderados. Ao invés de considerar os pontos fortes e aqueles que precisam ser trabalhados em cada pessoa que compõe o time, faz elogios apenas com quem esporadicamente simpatiza e deteriora a imagem dos demais colaboradores, mesmo que tenham uma atuação digna de elogios.
Esse artigo foi publicado no RH.com.br, em 09/11/2010 e foi escrito por Patricia Bispo.
(Fonte: https://blog.lg.com.br/10-caracteristicas-do-falso-lider/, data de acesso: 14/09/2021)
2 – O líder motivador, a busca pelo ingrediente fundamental
Por Robert Half on 4 de agosto de 2016
Por Fernando Mantovani
Um bom chefe de cozinha sabe que toda receita tem seu ingrediente fundamental para que tudo dê certo. Sem ele, a massa desanda e a refeição não sai como o planejado. Parte das características de um líder é ter seu próprio ingrediente fundamental, para guiar a equipe na direção correta.
No livro, The Five Dysfunctions of a Team (Os 5 desafios das equipes, versão em português), Patrick Lencioni apresenta cinco princípios de liderança para formar uma equipe de sucesso.
Uma das principais características de um líder é a confiança
Não a confiança de simplesmente saber que o trabalho será feito e que cada um cumprirá o seu papel. Mas a confiança de ter espaço para ser vulnerável; de poder errar e se abrir com os colegas; de assumir que não sabe a resposta ou que precisa de ajuda sem que isso coloque em dúvida suas capacidades. Encontrar um ambiente assim não é tão fácil quanto pode parecer.
Um líder motivador é capaz de assumir sua própria vulnerabilidade, compreendendo sua condição humana de erros e acertos. Uma atitude de excelência é poder reconhecê-las e encontrar apoio para reverter o jogo. Quando há uma resistência a esse tipo de comportamento nos membros da equipe, o líder deve tomar a iniciativa e inspirá-los a fazer o mesmo uns com os outros. Orientá-los a lidar com as fraquezas sem censuras, com o único objetivo de buscar soluções e evoluir como um time. Só assim será possível avançar para as próximas etapas na construção de uma equipe capaz de funcionar bem. Sem essa confiança, a massa desanda.
- Fernando Mantovani é diretor de operações da Robert Half Brasil. Este artigo foi publicado em primeira mão no blog Sua Carreira, Sua Gestão, da Exame.com.
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