Domingo, 28 de abril de 2013
Os homens têm mais dificuldade que as mulheres para se cuidar e envelhecer. Essa é uma informação conhecida de muitos profissionais da saúde, desde que dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE e da pesquisa Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento, financiada pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) foram revelados no ano passado. Comparados com o sexo oposto, as duas pesquisas mostraram que os homens não se alimentam corretamente, não fazem exercícios físicos regulares, fumam mais, vão menos ao médico e, por consequência, têm mais problemas de saúde e vivem menos.
Enquanto as mulheres preocupam-se com a aparência, peso e com o envelhecimento bem-sucedido, as pesquisas revelam que a maioria dos homens se considera imune às doenças, priorizando os prazeres da vida em detrimento à saúde.
Barreiras culturais talvez sejam os principais motivos para essa diferença de comportamento. É comum observar em muitos lares brasileiros uma cultura tipicamente masculina onde os meninos são ensinados a acreditar que homem não chora, é forte, não adoece e não precisa cuidar da aparência, porque isso é coisa de mulher. É a chamada síndrome do super-homem, onde a procura por ajuda para melhorar a forma física e a saúde é interpretada como sinal de fraqueza ou fragilidade.
Busca por qualidade de vida
Uma boa notícia é que nos últimos anos, uma crescente parcela da população masculina tem conseguido romper as barreiras culturais, mudando conceitos e reavaliando tudo o que se refere à qualidade de vida, saúde e bem-estar físico e mental. São homens na faixa dos 30-40 anos, de classe média ou alta, que descobriram que cultivar uma boa aparência é demonstração de cuidados com a saúde e com a qualidade de vida.
Nada está sendo mais valorizado hoje em dia, principalmente pelas mulheres, do que os homens que gostam de se cuidar – não comem qualquer besteira e nem se entopem de cerveja todos os dias, cuidam da aparência da pele e dos cabelos, previnem os sinais da idade e, além de tudo, cuidam da saúde praticando esportes e fazendo exames preventivos.
Essa nova postura nada tem a ver com os modismos da metrossexualidade ou com orientação sexual. O controle do peso, do colesterol, o equilíbrio nutricional, a reposição hormonal e outros cuidados já começam a fazer parte do cotidiano masculino de forma consciente e sem preconceitos.
É isso aí, galera. Tem que se cuidar.
Se você é mulher e está lendo esta matéria, cuida do seu homem!