Ex-senador assumiu pasta no dia 2 de fevereiro; antigo secretário recebia R$ 19,3 mil. Suplicy justificou sua atitude dizendo que terá aposentadoria do Senado.
A Prefeitura de São Paulo divulgou no dia 20 de fevereiro, que o Secretário de Direitos Humanos e Cidadania da cidade, Eduardo Suplicy, abriu mão de receber salários. Em carta ao prefeito Fernando Haddad (PT), o ex-senador justificou a atitude por já receber aposentadoria pelo tempo de 24 anos em que atuou no Senado.
O valor que será doado por Suplicy não foi informado pela gestão municipal em comunicado divulgado no site. O ex-secretário de Direitos Humanos, Rogério Sotilli, que deixou o cargo no dia 2 de fevereiro, tinha vencimento de R$ 19,3 mil.
Segundo a Prefeitura, como não é possível deixar de pagar o salário, previsto na legislação municipal, a saída encontrada foi fazer uma doação para a própria administração. A pedido do secretário, a doação será vinculada para a implementação da Renda Básica de Cidadania.
“Em vista de ter contribuído para o organismo de previdência correspondente, informou-me o Senado que terei o direito de receber a partir de fevereiro o equivalente a 32/35 avos da remuneração de senador”, disse Suplicy na carta.
O salário de senador equivale à de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que é de R$ 33,7 mil. Assim, Suplicy terá uma aposentadoria de cerca de 30,8 mil.
A Renda Básica de Cidadania foi uma das bandeiras de Suplicy no Senado. Sua implantação está prevista na Lei n° 10.835/2004, de autoria do próprio Suplicy. A lei prevê a transferência de quantias em dinheiro para garantir que cada cidadão possa atender necessidades básicas, como alimentação, educação e saúde.
Matéria original – 20/02/2015 22h29 – Atualizado em 20/02/2015 22h29 – Do G1 São Paulo