Por Redação RPA
O jovem Josué, de 26 anos, passou a vida inteira em abrigos. Ele conviveu com duas filhas interessadas em adotá-lo, mas o processo de adoção não foi para a frente por ele ter Síndrome de Down.
Maria de Lourdes Apolinário, a Lurdinha, conheceu Josué em setembro de 2012, durante um jantar organizado pela Cooperativa Social de Pais e Amigos Portadores de Deficiência (Coepad), em Florianópolis (SC).
“Naquela noite, se mostrando afetivo e educado, ele veio por três vezes até a nossa mesa nos cumprimentar”, lembra Maria de Lourdes.
Ela é divorciada e mãe de duas filhas biológicas, uma de 22 anos e outra de 25. Formada em Serviço Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ela exerce o cargo de técnico judiciário no Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
Lurdinha conta que sempre quis adotar. Mas só agora, perto de se aposentar, ela vai poder realizar esse sonho. Maria de Lourdes mantém um relacionamento de nove anos com José Antônio Zorteía, também divorciado e pai de um casal de filhos – a moça tem 22 e o rapaz 31 anos.
Ela se aproximou de Josué aos poucos e com autorização judicial. Tudo começou com visitas ao Centro Educacional.
Os passeios e o convívio familiar vieram depois. A guarda provisória termina em novembro e, se tudo continuar saindo bem, a guarda definitiva será concedida. Josué passará a se chamar Josué Antonio (homenagem ao companheiro de Maria de Lourdes) Apolinario e terá duas irmãs, Érica e Natália.
Josué tem dificuldade para se comunicar por causa da falta de estímulos. Ele apresenta atraso no desenvolvimento da linguagem e alterações de órgãos fonoarticulatórios e funções neurovegetativas. Mas, desde que começou a ser acompanhado por uma fonoaudióloga, apresenta melhoras.
Após ser devolvido por duas famílias, hoje Josué vive com uma família que o recebeu de braços abertos, independente da sua condição. Ele vive em um aconchegante apartamento em Florianópolis e tem muitos motivos para continuar sorrindo.
Com informações do DC