Os hormônios da felicidade: como desencadear efeitos da endorfina, oxitocina, dopamina e serotonina

2 abril 2017

Ao longo dos séculos, artistas e pensadores se dedicaram a definir e representar a felicidade. Nas últimas décadas, porém, grupos menos românticos se juntaram a essa difícil tarefa: endocrinologistas e neurocientistas.

O objetivo é estudar a felicidade como um processo biológico para encontrar o que desencadeia esse sentimento sob o ponto de vista físico.

Ou seja, eles não se importam se as pessoas são mais felizes por amor ou dinheiro, mas o que acontece no corpo quando a alegria efetivamente dispara, e como “forçar” esse sentimento.

Neste sentido, há quatro substâncias químicas naturais em nossos corpos geralmente definidas como o “quarteto da felicidade”: endorfina, serotonina, dopamina e oxitocina.

A pesquisadora Loretta Breuning, autora do livro Habits of a happy brain (“Hábitos de um cérebro feliz”, em tradução livre), explica que “quando o seu cérebro emite uma dessas químicas, você se sente bem”.

“Seria bom que surgissem o tempo todo, mas não funcionam assim”, diz a professora da Universidade Estadual da Califórnia (EUA).

“Cada substância da felicidade tem um trabalho especial para fazer e se apaga assim que o trabalho é feito.

Conheça a seguir maneiras simples para ativar essas quatro substâncias químicas da felicidade, sem drogas ou substâncias nocivas.

1. Endorfinas

As endorfinas são consideradas a morfina do corpo, uma espécie de analgésico natural.

Descoberta há 40 anos, as endorfinas são uma “breve euforia que mascara a dor física”, classifica Breuning.

Por isso, comer alimentos picantes é uma das maneiras de liberar esses opiáceos naturais, o que induz uma sensação de felicidade. Mas essa não é a única maneira de obter uma “injeção” de endorfina.

De acordo com estudo publicado no ano passado por pesquisadores da Universidade de Oxford (Inglaterra), assistir a filmes tristes também eleva os níveis da substância.

“Aqueles que tiveram maior resposta emocional também registraram maior aumento na resistência a dores e sentimento de unidade em grupo”, disse à BBC Robin Dunbar, professor de Psicologia Evolutiva e autor do estudo.

Dançar, cantar e trabalhar em equipe também são atividades que melhoram, por meio de um aumento nas endorfinas, a união social e tolerância à dor, afirma Dunbar.

2. Serotonina

Como a serotonina flui quando você se sente importante, o sentimento de solidão e até mesmo a depressão são respostas químicas à sua ausência.

“Nas últimas quatro décadas, a questão de como manipular o sistema serotoninérgico com drogas tem sido uma importante área de pesquisa em biologia psiquiátrica e esses estudos têm levado a avanços no tratamento da depressão”, escreveu em 2007 Simon Young, editor-chefe na revista Psiquiatria e Neurociência.

Dez anos mais tarde, a depressão se situa como a principal causa principal de invalidez em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Trata-se de transtorno mental que afeta mais de 300 milhões de pessoas.

A estratégia mais simples para elevar o nível de serotonina é recordar momentos felizes, diz Alex Korb, neurocientista do site Psicologia Hoje.

Um sintoma da depressão é esquecer situações felizes. Por isso, acrescenta Korb, olhar fotos antigas ou conversar com um amigo pode ajudar a refrescar a memória.

O neurocientista descreve três outras maneiras: tomar sol, receber massagens e praticar exercícios aeróbicos, como corrida e ciclismo.

3. Dopamina

A dopamina é costuma ser descrita como responsável por sentimentos como amor e luxúria, mas também já foi tachada de ser viciante. Daí sua descrição como “mediadora do prazer”.

“Baixos níveis de dopamina fazem que pessoas e outros animais sejam menos propensos a trabalhar para um propósito”, afirmou John Salamone, professor de Psicologia na Universidade de Connecticut (EUA), em estudo sobre efeitos da dopamina no cérebro publicado em 2012 na revista Neuron.

Por isso, acrescentou o pesquisador, a dopamina “tem mais a ver com motivação e relação custo-benefício do que com o próprio prazer.”

Dar os primeiros passos de um objetivo e depois alcançá-lo aumenta os níveis de dopamina

O certo é que essa substância química é acionada quando se dá o primeiro passo rumo a um objetivo e também quando a meta é cumprida.

Além disso, pode ser gerada por um fato da vida cotidiana (por exemplo, encontrar uma vaga livre para estacionar o carro) ou algo mais excepcional (como receber uma promoção no trabalho).

A melhor maneira de elevar a dopamina, portanto, é definir metas de curto prazo ou dividir objetivos de longo prazo em metas mais rápidas. E celebrar quando atingi-las.

4. Oxitocina

Por ser relacionada com o desenvolvimento de comportamentos e vícios maternos, a oxitocina é muitas vezes apelidada de “hormônio dos vínculos emocionais” e “hormônio do abraço”.

Segundo estudo publicado em 2011 pelo ginecologista e obstetra indiano Navneet Magon, “a ligação social é essencial para a sobrevivência da espécie (humanos e alguns animais), uma vez que favorece a reprodução, proteção contra predadores e mudanças ambientais, além de promover o desenvolvimento do cérebro.”

“A exclusão do grupo produz transtornos físicos e mentais no indivíduo, e, eventualmente, leva à morte”, acrescenta.

Por isso, o obstetra considera que a oxitocina tem uma “posição de liderança” nesse “quarteto da felicidade”: “É um composto cerebral importante na construção da confiança, que é necessária para desenvolver relacionamentos emocionais.”

Abraçar é uma forma simples de se conseguir um aumento da oxitocina. Dar ou receber um presente é um outro exemplo.

Breuning, da Universidade da Califórnia, também aconselha construir relações de confiança, dando “pequenos passos” e “negociando expectativas” para que ambas as partes possam concretizar o vínculo emocional.

(Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-39299792, data de acesso: 12/12/2020)

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Cardiologista do HCor aponta diferenças dos sintomas de infarto entre homens e mulheres

Dor no peito e formigamento no braço esquerdo e pescoço, náusea e outras características como dores nas costas, suor frio e, em casos extremos, o desmaio, podem ser sintomas de infarto.

Estresse, idade elevada, obesidade, diabetes, hipertensão arterial, tabagismo, sedentarismo, alimentação rica em gordura. Estes são alguns dos principais fatores que predispõe a um infarto agudo do miocárdio.

Historicamente os homens dominam os casos de infarto. Entretanto, tem crescido a incidência do mal entre as mulheres – que também entraram no ritmo alucinante da vida moderna -, e se tornaram, também, alvos mais fáceis do problema.

De acordo com um estudo do American Heart Association, 45% dos ataques do coração são silenciosos e descobertos somente depois, quando um paciente realiza exames de rotina. Além de dor no peito e formigamento no braço esquerdo e pescoço, náusea e até vômito, há outros sintomas de infarto como dores nas costas, suor frio e, em casos extremos, o desmaio.

Para o cardiologista e coordenador do Programa de Infarto Agudo do Miocárdio, Dr. Leopoldo Piegas, a falta de ar, queimação no estômago sem relação com alimentos e incômodo no peito que aparece após a prática de exercícios e desaparece ao descansar, também são sintomas comuns que podem indicar doenças cardiovasculares.

“É importante lembrar que, quando se trata de doenças cardiovasculares do coração, a falta de informação pode ser fatal.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, a cada dois minutos morre uma pessoa devido a uma enfermidade cardiovascular, e não saber quando se trata de um infarto, diminui a chance de sobrevivência”, esclarece Dr. Piegas.

Diferenças dos sintomas de infarto entre homens e mulheres

O infarto não atinge igualmente homens e mulheres. Os sintomas e até mesmo as faixas etárias mais atingidas são diferentes.

“O pico de incidência costuma ser em homens com mais de 45 anos e mulheres após os 55 anos, no período da menopausa.

Infarto em homens: em homens a dor do infarto geralmente é percebida como uma pressão no peito. Não é possível localizar com um dedo.

A dor pode ser acompanhada de suor sem estar sentindo calor, o “suor frio”, dor em braços, dor na boca do estômago e até dor na mandíbula.

Tonturas e desmaios durante a dor podem acontecer.

Infarto em mulheres: os sintomas de infarto em mulheres variam mais. As dores podem ser descritas como queimação e pontadas em região do peito.

As dores em mulheres geralmente são subvalorizadas, pois classicamente, antes da menopausa, elas têm menos chance de infarto do que os homens da mesma idade. Atualmente as mulheres fumam, bebem, tem trabalhos estressantes e praticam pouco exercício físico.

Usam anticoncepcionais, que associados a alguns outros fatores de risco, como dieta inadequada e sedentarismo, aumentam as chances de trombose e infarto.

E quando o infarto acontece?

O principal sinal do infarto é a dor aguda no peito, que perdura por mais de 20 minutos e se irradia para o braço ou ombro esquerdo.

Além da terrível sensação de que algo aperta o coração, a pessoa pode sentir dores e desconforto em toda a região torácica, assim como falta de ar, fadiga, azia, suor excessivo, dor nas costas e no pescoço.

“Isso acontece porque os órgãos e tecidos do corpo são interligados e interdependentes. O músculo cardíaco não funciona sozinho.

Ele precisa de uma boa oxigenação promovida pelos pulmões, da pressão sanguínea (ou bombeamento de sangue) eficiente e constante e, ainda, de um sistema circulatório sadio, livre de placas de gordura ou coágulos que impeçam a chegada do sangue e do oxigênio aos diversos órgãos”, explica o cardiologista.

Fique atento aos sinais de infarto:

  • Cansaço extremo e sem causa aparente
  • Tonturas, vertigens
  • Náuseas
  • Perda de apetite
  • Vômitos
  • Desmaios
  • Desconforto no peito
  • Fraqueza
  • Problemas de sono
  • Dores nos braços, ombros e costas
  • Dor de estômago

É útil lembrar que é necessário pelo menos seis destes sinais para que se suspeite de um possível aviso de infarto. Sintomas isolados não devem ser motivo de alarme.

Tratamento

O tratamento para homens e mulheres é o mesmo. “Após o diagnóstico, se o quadro for agudo, a recomendação é rapidamente desobstruir a artéria responsável em ambiente hospitalar mecanicamente (cateterismo e stent) ou com medicamentos injetados em veia periférica capazes de desobstruir o coágulo (trombólise).

A angioplastia, tratamento preferencial, segue-se ao cateterismo sempre que disponível. Este permite localizar onde está a obstrução e tratar de uma forma pontual e bem localizada.

Neste procedimento, é colocado um “stent”, um alicerce de metal por dentro da obstrução, para evitar que se feche novamente”, orienta Dr. Piegas.

(Fonte: https://www.hcor.com.br/imprensa/noticias/cardiologista-do-hcor-aponta-diferencas-dos-sintomas-de-infarto-entre-homens-e-mulheres/, data de acesso: 12/12/2020)

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Um novo tempo pós pandemia, um novo propósito de vida?!…

19 de Novembro – Dia Internacional do Homem
25 de Novembro – Dia do Doador Voluntário de Sangue
01 de Dezembro – Dia Internacional da Luta contra a AIDS
06 de Dezembro – Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres
20 de Dezembro – Dia Internacional da Solidariedade Humana
18 de Dezembro – Dia Internacional dos Migrantes


É um plano, ou um ideal, que tínhamos e não havíamos colocado em prática?

Seja como for, sentir-se feliz por ter sobrevivido a situações tão tristes, e angustiantes, com perdas irreparáveis para algumas famílias etc. é um grande marco para se transformar “num novo ser humano, amadurecido”, com sentimentos nobres em prol das pessoas menos favorecidas, e, que precisarão de apoio humanitário de alguma forma.

Quanto mais seu plano de negócios ou de retomada de sua empresa etc. contiver cláusulas de apoio as pessoas menos favorecidas, e, comprovadamente demonstrarem em seu balanço social, em seus planos de marketing ou de exibição de balanços trimestrais/semestrais/anuais, maior ser[a o seu sucesso de recomeço e de expansão de seus negócios, investimentos, novas parcerias, e interesse de investidores que se interessam por “grupos empresariais que zelam pela vida e liberdades humanas”!!!

Momento esplêndido para aflorar novas lideranças, que tenham como principal patrimônio o “seu quadro funcional de trabalhadores/as”… afinal, a lição ficou… sem mão-de-obra especializada ou trabalhadores de apoio, nenhum grande grupo empresarial sobrevive dentro de parâmetros de lucros sem contrapartida humanitária…

Projetos “marqueteiros apenas para maior lucro, com brindes etc. descontos etc.” não chamará tanto atenção e resultados, quanto àqueles que comprovarão a ajuda social e o envolvimento objetivo de melhorar as comunidades empobrecidas e exploradas por “sistemas de governo abusivos, e sem respeito aos direitos humanos das pessoas!”

Nosso fraternal abraço, e esperamos que aprecie as pesquisas que fizemos para esta edição, e que as entrevistas também sejam de grande valia, e, as divulgue também!

Muito grata, Elisabeth Mariano e equipe ESPAÇO HOMEM.

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Entrevista com o Médico Psiquiatra e Psicoterapeuta Corporal-Reichiano Dr. Paulo César Sampaio

Dr. Paulo César Sampaio

Perfil do Médico Psiquiatra e Psicoterapeuta Corporal-Reichiano Dr. Paulo César Sampaio

Dr. Paulo César Sampaio

Eu sou Paulo Cesar Sampaio, bahiano, médico psiquiatra e psicoterapeuta corporal-Reichiano.

Fui diretor do hospital de custódia de Franco da Rocha, também chamado de Manicômio judiciário. Fui Coordenador de Saúde do Sistema Penitenciário do Estado de São Paulo, membro do Conselho Penitenciário do Estado de São Paulo.

Defensor do direito da pessoa humana

Fui Presidente da Ação dos Cristãos para Abolição da Tortura – ACAT

Fui Conselheiro do Movimento Nacional dos Direitos Humanos- MNDH e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana – CONDEPE

Nomeado no Grupo Peritos para a Prevenção da Tortura e da Violência da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.

Militante da Reforma da Saúde Mental, pelo trabalho que Coordenou para minimizar o sofrimento imposto a pessoas que cometeram delito por estarem com transtornos mentais e, apesar de absolvidos, são internados nos hospitais de custódia onde são vítimas de abusos e mais tratos.

Por denunciar caso de violência em um destes hospitais fui alvo de denuncia anônima caluniosa com falsas declarações.

Por este motivo escrevi o livro A Desconstrução de um Sonho onde trato da tentativa de humanizar o tratamento nestes hospitais de custódia baseado na reforma da saúde mental, criando a desinternacão progressiva e a unidade de tratamento de usuário de múltiplas drogas.

Capas do livro A Desconstrução de um Sonho: https://drive.google.com/drive/folders/1Rfc4BXy7eD9FP6lmJqMmHiXs0F_jClbl?usp=sharing

Página do livro A Desconstrução de um Sonho: https://www.facebook.com/A-Desconstru%C3%A7%C3%A3o-de-um-Sonho-1606215349646127/

Contato:

E-mail: pcsampaio53@yahoo.com.br

Facebook: https://www.facebook.com/paulo.sampaio.5249

Entrevista com o Médico Psiquiatra e Psicoterapeuta Corporal- Reichiano Dr. Paulo César Sampaio

OBS.: Respeitamos a Liberdade de Expressão de todas as pessoas. As opiniões aqui expressas NÃO refletem as da TV ESPAÇO HOMEM, sendo estas de total responsabilidade das pessoas aqui entrevistadas.

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Entrevista com o Exm.º vereador de São Paulo (PV) e médico Dr. Gilberto Natalini

Perfil do Exm.º vereador de São Paulo (PV) e médico Dr. Gilberto Natalini

Ver. Gilberto Natalini

O médico e vereador Gilberto Natalini (PV) iniciou sua carreira política em 1970, ainda como estudante de Medicina, quando participou das ações estudantis pelas liberdades democráticas no país.

Foi Secretário Municipal de Saúde do Município de Diadema (1997/2000) e de São Lourenço da Serra (2000), Secretário de Participação e Parceria da cidade de São Paulo (2005/2006) e Secretário do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo (2017).

Eleito vereador da cidade de São Paulo, pela primeira vez em 2000, está no quinto mandato.

Participa de movimentos populares desde 1975, fundou e presidiu a Associação Popular de Saúde. Cirurgião Geral formado pela Escola Paulista de Medicina em 1975, é membro da Comissão de Saúde na Câmara. Especialista em Gastrocirurgia atende gratuitamente no Ambulatório Médico do Centro Social Bom Jesus do Cangaíba, desde 1976.

É autor de aproximadamente 320 projetos de leis e tem mais de 100 leis aprovadas.

Contato:

Câmara Municipal de São Paulo

Luciana Feldman – Assessora de Comunicação e Eventos

Viaduto Jacareí, 100 – 7º andar – Sala 704

Tel.: (11) 3396-4692 | 99253-8727

Site: http://www.natalini.com.br

Ouça a entrevista: Rádio Espaço Homem – 2020-11-15 – Gilberto Natalini

https://drive.google.com/file/d/1dsTKwQI-rN_aeoL16xuuHhFa49AA27R2/view?usp=sharing

OBS.: Respeitamos a Liberdade de Expressão de todas as pessoas. As opiniões aqui expressas NÃO refletem as da RÁDIO ESPAÇO HOMEM, sendo estas de total responsabilidade das pessoas aqui entrevistadas.

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Você sabe qual a diferença? Liderança por Poder x Liderança por Autoridade

Autora: Paula Pedrosa16/06/2009

A liderança é determinada pela qualidade das decisões cotidianas.

Quando nos oferecemos ou somos levantados para ser o líder, fazemos a primeira opção. A segunda vem na sequência: vamos liderar pelo poder ou através da autoridade?

A maioria dos papéis de liderança tradicional vem junto com o poder.

Poucos líderes desenvolvem a autoridade para acompanhar o poder que lhes foi confiado.

PODER E AUTORIDADE. QUAL É A DIFERENÇA?

Max Weber, um dos fundadores dessa área de estudo, diz que PODER é a capacidade de obrigar, por causa de sua posição ou força, os outros a obedecerem à sua vontade, mesmo que eles preferissem não fazê-lo.

AUTORIDADE é a habilidade de levar os outros, de boa vontade, a fazerem sua vontade.

Outras maneiras de se observar estas diferenças, são: O poder é comprado e vendido, dado e tirado. Por outro lado, a autoridade é a essência da pessoa, está ligada ao seu caráter.

CARACTERÍSTICAS DA LIDERANÇA POR PODER

O poder funciona. É possível conseguir as coisas na base da imposição, mas apenas por um bom tempo. Quando usado de forma autoritária, o poder deteriora os relacionamentos. Se você impõe sua vontade, com o passar do tempo vai perceber o aparecimento de muitos sintomas desagradáveis.

Todos já conhecem a história de Hitler, que nos lembra esse tipo de liderança. Conheço uma pessoa que lidera pelo poder, infelizmente apenas ela não consegue perceber isso, mesmo com o esforço de seus colaboradores e até de colegas.

Quando ela entra num determinado departamento da empresa, todos daquele local ficam com medo, param qualquer conversa que poderiam estar tendo e entram em estado de:

Será que já vou levar uma bronca? Os colaboradores são expostos na frente dos outros, inclusive na frente dos próprios subordinados, desmoralizando-o perante a equipe.

É esse tipo de líder que você é?

CONSEQUÊNCIAS DA LIDERANÇA POR PODER

Liderando pelo poder, a equipe é desmotivada e só trabalha pelo salário no final do mês. As pessoas ficam inibidas e não dão ideias, não se sentem parte do time. Elas não conseguem sequer serem elas mesmas.

Talentos são paralisados. Além, de elevar o turn-over na empresa.

CARACTERÍSTICAS DA LIDERANÇA POR AUTORIDADE

Qualquer um pode fazer a diferença na vida de outra pessoa, ainda mais se estiver em posição de liderança.

É fundamental abrir mão de qualquer coisa que interfira na maneira de fazer a coisa certa.

O líder por autoridade encontra um pouco mais de tempo para ouvir as pessoas e tratá-las como se fossem pessoas importantes.

Que tal trabalhar para diminuir seu controle e aumentar sua confiança? Fazendo isso você desenvolve sua autoridade e, também, influência.

Cito aqui o maior líder de todos os tempos, Jesus. Por que? Nenhuma pessoa com honestidade intelectual pode negar que a vida de Jesus exerceu uma grande influência na história, e ainda exerce até hoje.

Inclusive, a história é dividida antes e depois dEle. Jesus Cristo fundou seu império baseado no amor e até hoje milhões de pessoas morreriam por Ele. Jesus falava sobre liderar com autoridade.

Em essência, Ele dizia que, se alguém quisesse influenciar as pessoas do pescoço para cima então devia servir, ou seja, sacrificar-se e procurar o bem maior de seus liderados. A influência deve ser adquirida. Não há atalhos.

CONSEQUÊNCIAS DA LIDERANÇA POR AUTORIDADE

Equipe motivada e unida, lutando para alcançar um único objetivo: O objetivo de seu líder.

Pessoas felizes com vontade de trabalhar e de fazer o plus pela empresa, se necessário. Colaboradores com ideias de melhoria para implementar na empresa e em processos.

MOSTRE AS PESSOAS QUE VOCÊ SE PREOCUPA COM ELAS, E, SEJA VERDADEIRO

Prestar atenção, confiar, cuidar… Tais sentimentos precisam ser verdadeiros para serem efetivos. As empresas crescem e caem de acordo com a forma como cuidam das pessoas.

Os líderes bem-sucedidos são atenciosos com quem está ao seu redor. Não é tão complicado demonstrar que você se importa com sua equipe.

Se você sabe que a esposa de seu assistente está com dengue, pergunte: Como vai sua esposa? Está melhor?

Seu comportamento refletirá o quanto você se preocupa. Quando a equipe estiver ocupada, pegue café para o pessoal e atenda as ligações, essas pequenas gentilezas demonstram atenção e são apreciadas por todos.

Ser atencioso requer um alto grau de sensibilidade ao que está acontecendo ao seu redor.

Suas antenas precisam captar os sinais de estresse e depressão para que você possa oferecer apoio e incentivo à pessoa para que ela supere o problema.

Esses cuidados criam elos emocionais com as pessoas. Mostre compreensão, tente levantar o ânimo de seu pessoal.

O verdadeiro líder se preocupa com o bem-estar de todos: clientes e funcionários.


Durante essa semana, identifique cinco coisas que você pode fazer para mostrar que se preocupa de verdade com os integrantes da sua equipe.

Vamos ver a mudança que irá acontecer!

(Fonte: https://administradores.com.br/artigos/lideranca-por-poder-x-lideranca-por-autoridade#:~:text=Qual%20é%20a%20diferença%3F,vontade%2C%20a%20fazerem%20sua%20vontade, data de acesso: 12/11/2020)

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Andropausa: o que é e como lidar?

Homens entre 40 e 55 anos podem sentir mudanças de humor e perda da energia, da libido e da agilidade física. Se esse for o seu caso, pode ser que esteja passando pela andropausa. Também chamada de “menopausa masculina”, a andropausa é marcada pela diminuição nos níveis de testosterona e seus sinais podem ser aliviados com algumas mudanças na rotina.

Os níveis de testosterona variam entre os homens. No geral, os mais velhos têm esse hormônio em menor quantidade quando comparado aos mais novos. O nível de testosterona que circula no organismo pode ser medido por meio de um exame de sangue.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA ANDROPAUSA?

• Alterações na função sexual – isso pode incluir redução do desejo sexual, menos ereções espontâneas, como as durante o sono, e redução da fertilidade. Outro sinal pode ser a diminuição no tamanho dos testículos;
• Mudanças físicas – aumento da gordura corporal, redução da massa e da força muscular, diminuição da densidade óssea, inchaço na região dos mamilos e perda de pelos do corpo são algumas alterações causadas pela andropausa;
• Mudanças emocionais – diminuição da motivação ou a autoconfiança e, com isso, tristeza e problemas de concentração e de memória;
• Alteração no padrão de sono – tais como insônia ou sonolência aumentada.

REPOSIÇÃO HORMONAL AJUDA A ALIVIAR SINTOMAS DA ANDROPAUSA?

A reposição hormonal ajuda a aliviar os incômodos causados pela andropausa. Mas, essa terapia só é recomendada apenas na falta de testosterona natural. Se usado de forma errada, esse tipo de tratamento pode causar infertilidade ou aumentar o número de glóbulos vermelhos, o que aumenta o risco de trombose e doenças cardiovasculares.

Manter hábitos saudáveis, como ter uma dieta equilibrada e praticar exercícios físicos regularmente, ajuda a evitar os incômodos da andropausa e a evitar doenças associadas à queda da produção de testosterona. Também é recomendado que os homens visitem regularmente o urologista para o acompanhamento do estado de saúde.

REFERÊNCIAS

(Fonte: https://www.pfizer.com.br/noticias/ultimas-noticias/andropausa-o-que-eh-e-como-lidar, data de acesso: 12/11/2020)

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Saiba mais: Novembro Azul – mês de prevenção do câncer de próstata

Especialista tira dúvidas sobre o 2º câncer que mais mata homens no Brasil

Mais de 65 mil casos de tumor de próstata devem ser registrados em 2020 no país. Quando descoberto no início, chance de cura chega a 90%

Redação Folha Vitória

05 de Novembro de 2020 às 12:17

Atualizado 05/11/2020 12:17:18

O câncer de próstata é a segunda maior causa de morte pela doença em homens no Brasil (atrás apenas dos tumores de pulmão), de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), que estima para 2020 a ocorrência de 65.840 novos casos.

Para o Espírito Santo, a estimativa é de 1.380 registros este ano.

A boa notícia é que quanto mais cedo ele é descoberto, as chances de cura giram em torno de 90%, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Dados do Atlas de Mortalidade por Câncer, com informações do Ministério da Saúde, revelam que 15.576 homens morreram em decorrência do avanço do tumor de próstata, em 2018. No ano passado, a doença matou 318 homens no Espírito Santo, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). De janeiro a setembro deste ano, foram registrados 238 óbitos.

Neste Novembro Azul, mês em que acontece a campanha de conscientização sobre a necessidade da prevenção e diagnóstico, a médica Lorraine Juri, especialista em radioterapia, responde a 10 dúvidas sobre a doença.

Qual é a chance de um homem ter câncer de próstata?

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma).

Em valores absolutos e considerando ambos os sexos, é o segundo tipo mais comum. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

É considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.

Qual a diferença entre tumor benigno de próstata e câncer?

A próstata fica localizada logo abaixo da bexiga, envolvendo a uretra, e é responsável por secretar o líquido seminal.

Conforme o homem vai envelhecendo, ele pode sofrer com algumas doenças nessa glândula, que pode aumentar de tamanho impedindo a micção. Essas doenças são, no geral, as grandes responsáveis pelo aumento no tamanho da próstata.

Quando esse aumento é benigno, chamamos o problema de Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), e se for maligno, chamamos de câncer de próstata.

Tenho muita vergonha de ir ao médico. Existe algum exame que substitua o toque retal?

Não. O câncer da próstata pode ser identificado com a combinação de dois exames:

  • dosagem de PSA: exame de sangue que avalia a quantidade do antígeno prostático específico;
  • toque retal: como a glândula fica em frente ao reto, o exame permite ao médico apalpar a próstata e perceber se há nódulos (caroços) ou tecidos endurecidos (possível estágio inicial da doença). O toque é feito com o dedo protegido por luva lubrificada. É rápido e indolor, apesar de alguns homens relatarem incômodo e terem enorme resistência em realizar o exame.

A biópsia da próstata é o procedimento capaz de confirmar o câncer.


Qual é a função do exame PSA?

O PSA é o exame de sangue que avalia a quantidade do antígeno prostático específico. Na maioria dos homens, o nível de PSA costuma permanecer abaixo de 4 ng/ml. Alguns pacientes com nível normal de PSA podem ter um tumor maligno, que pode até ser mais agressivo, por isso esse exame, feito de forma isolada, não pode ser a única forma de diagnóstico.

A partir de que idade os homens devem fazer exames preventivos de câncer de próstata e qual é a periodicidade indicada?

Tema polêmico. A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar o tumor em fase inicial e, assim, possibilitar melhor chance de tratamento.

A detecção pode ser feita por meio da investigação, com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.

No caso do câncer de próstata, esses exames são o toque retal e o exame de sangue para avaliar a dosagem do PSA.

Algumas entidades recomendam o rastreio do câncer de próstata com PSA e o toque retal a partir dos 45 anos por todos os homens, e a partir dos 40 anos para aqueles da raça negra ou que têm história de câncer da próstata na família.

Entretanto, ainda não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de próstata traga mais benefícios do que riscos.

O câncer de próstata tem cura?

Sim, o câncer de próstata tem cura. O diagnóstico precoce desse tipo de câncer possibilita melhores resultados no tratamento.
Como a radioterapia pode ser aplicada no combate ao câncer de próstata?

A radioterapia é uma das opções usadas no tratamento dos tumores de próstata. Existem outras opções como cirurgia, terapia hormonal, quimioterapia. A escolha do tratamento mais adequado deve ser avaliada com o médico.

Câncer de próstata pode levar à impotência sexual?

A impotência sexual é uma das principais preocupações dos homens em tratamento. Estudos na literatura médica mostram uma ampla variação da ocorrência desse efeito colateral, indo de 7% a 90% dos casos tratados com cirurgia ou radioterapia.

Essa ampla variação de resultados ocorre por diversos fatores que dificultam a comparação entre grupos de pacientes.

A quantidade de informações coletadas em cada estudo difere bastante de um para o outro, assim como as próprias características de cada homem, da doença e do grau de experiência da equipe médica com determinado tipo de tratamento.

Fica claro que a ocorrência de impotência sexual é um evento multifatorial e que o risco de sua ocorrência deve ser discutido com o médico de forma individualizada em cada caso.

Quais são os sinais do câncer de próstata?

Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes).

Durante o dia ou à noite. Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.

Existem fatores de risco que devem ser observados?

A idade é um fator de risco importante, uma vez que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.

Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos, podendo refletir tanto fatores genéticos (hereditários) quanto hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas famílias.

Excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer de próstata avançado.

Exposições a aminas aromáticas (comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio), arsênio (usado como conservante de madeira e como agrotóxico), produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas estão associadas ao câncer de próstata.

(Fonte: https://www.folhavitoria.com.br/saude/noticia/11/2020/especialista-tira-duvidas-sobre-o-2-cancer-que-mais-mata-homens-no-brasil, data de acesso: 12/11/2020)

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Estereótipos de masculinidade: armadilha para homens e mulheres

(Resumo)

O que é “masculinidade positiva”? Conversamos com especialistas para saber e mostrar qual o impacto disso no nosso comportamento em sociedade.

Seja forte, seja provedor, tenha confiança em si próprio. O “manual imaginário do homem viril” é composto por uma série interminável de mandamentos. Do cheiro ideal para a conquista das mulheres até as fórmulas de sucesso profissional e liderança política.

Se há um denominador comum nesse roteiro, é tentar fugir de tudo aquilo que é identificado como “feminino”.

“Quer constranger e punir os meninos? Diga a eles que estão agindo ‘como menininha’”.

A pedagoga e e especialista em educação sexual Caroline Arcari observa como os sentidos da masculinidade vão sendo elaborados desde a infância. “Muitas vezes, os meninos não querem cumprir o papel do controlador ou garanhão, mas a cobrança em relação ao corpo e às atitudes é gigante, então eles se veem excluídos se não se comportam conforme a masculinidade vigente”, explica.

Arcari é autora do livro “Princesas de Capa, Heróis de Avental: o livro das possibilidades”, que estimula o pensamento crítico e o combate às desigualdades e violências reforçadas por estereótipos. Ela utiliza personagens do universo de meninos e meninas para debater a divisão de papéis de gênero a partir de uma linguagem acessível às crianças.

A pedagoga enfatiza que os padrões estimulados de comportamento, juntamente com a assimetria de poder entre homens e mulheres, se materializa, por exemplo, nos números alarmantes de denúncias de violência física e sexual: a maioria das vítimas de estupro são meninas e mulheres, enquanto a maioria esmagadora dos autores de abuso violência são homens.

“A violência sexual está ligada de forma estreita às questões de gênero”, diz a especialista.

“Enquanto as meninas continuarem sendo ensinadas a serem mais submissas e passivas e meninos autorizados a serem agressivos e com comportamento predatório, criamos um ambiente propício para as violências”.

E, se por um lado, o machismo é fatal para as mulheres, para os homens trata-se também de uma grande armadilha.

“Todos saem perdendo”, lamenta Arcari.

O SOFRIMENTO DOS HOMENS É OUTRO

No entanto, se homens também são limitados pelos padrões vigentes de comportamento, isso não faz deles vítimas.

O psicólogo Alexandre Coimbra atenta que “O sofrimento que o patriarcado impõem aos homens é incomparavelmente menor do que aquele que impõe às mulheres, porque ele dá poder aos homens, inclusive, para violentar as mulheres.

Então, estamos falando de um sofrimento de outra ordem.”

“Reconhecer essa situação leva à primeira e mais urgente tarefa: romper com a ideia de que homem tem direito sobre o corpo da mulher, poder este que Coimbra chama de “indignidade.”

“A coisa mais importante de dizer a um menino é: você, homem, não tem o direito de invadir o corpo de uma mulher de forma alguma, se não existe consentimento. Além disso, perceba, nas formas mais sutis, como você invisibiliza uma mulher cotidianamente”, aconselha.

“Gosto de deixar que o grupo estabeleça os temas e a forma como tratá-los”, explica. O objetivo do espaço, de acordo com o terapeuta, é desconstruir e enfrentar o machismo, constantemente, explica Alexandre Coimbra. O grupo se reúne quinzenalmente no Espaço Lumos, zona oeste de São Paulo.

Pensando nisso, o psicólogo criou um grupo terapêutico contra o machismo, especialmente para pais que buscam criar os filhos com uma atitude crítica em relação aos estereótipos de gênero, se tornando referências mais positivas.

“Para os homens, o grande prejuízo é não poder expressar aquilo que sentem”. Ao contrário, o que se espera é geralmente que sejam racionais e pragmáticos, silenciando ao máximo as emoções. Por esse motivo é que “engole o choro” é uma frase tão perigosamente comum na experiência de vida dos meninos.

A emergência de uma nova masculinidade Mas, entre as quatro paredes da terapia, quando os sentimentos e as lágrimas podem fluir naturalmente, e sem julgamentos, a possibilidade de aprendizado quando há empatia é inesgotável.

O grupo formado por Alexandre se reúne quinzenalmente, às terças-feiras, no Espaço Lumos, clínica na zona oeste de São Paulo.

Uma das saídas encontradas por eles, como comenta Alexandre Coimbra, é “integrar as emoções”.

“Entre as possibilidades de exercer uma paternidade consciente e mais libertária, a discussão gira em torno de coisas básicas, como evitar a divisão entre brinquedos “de meninos” e “de meninas.”

Além disso, segundo Coimbra, os pais podem ser orientados a conversar com os filhos sobre sensibilidade e medo, desestimulando a ideia de que precisam sempre ser fortes ou dominadores.

“Temos que permitir a eles chorar e falar quando sentirem tristeza, não apenas expressá-la através da raiva, que é a emoção mais legitimada”, explica o psicólogo.

Desconstruindo o ideal de “macheza”
“Entre o gatilho e a tempestade
Sempre a provar
Que sou homem e não covarde”
(Letra da música “Negro drama”, dos Racionais MC’s)

“Do que a letra está falando? O que eu preciso para ser um homem?”;

“Quem aqui conhece alguém ou tem algum parente que esteja preso?” Essas são algumas perguntas que o ator e designer gráfico Rafael Cristiano do Nascimento, 25, propõe a crianças e adolescentes de escolas públicas do Grajaú e extremo zona sul de São Paulo.

Preocupado em debater as ideias de macheza que são determinadas a partir da vivência de jovens negros, nas periferias das grandes cidades, o ator encontrou no rap e no funk uma ponte para o diálogo.

“É impossível não fazer um recorte de classe e de raça, pois isso interfere no tipo de masculinidade que vai ser construída e em como esses jovens vão se mostrar para a sociedade”, afirma o ator.

Condição carcerária, crime, violência policial e drogas são temas que estão presentes no cotidiano das periferias.

Sem debatê-los, segundo Rafael, fica difícil pensar em desconstruir estereótipos. Para ele, os homens negros, de regiões periféricas, conhecem o corpo a partir da violência, o que se torna um elemento central no tipo de relações que são construídas socialmente.

“Sonhos quebrados, sonhos mal paridos, sonhos frustrados. É o que o recorte de raça e território nos mostra, pois determina como vamos viver e como vamos ser homens na sociedade. Os ideais de homem são brancos, europeus, heterossexuais, bastante distante da realidade desses meninos. É difícil ver o sucesso de algumas pessoas e saber que aquilo tem poucas chances de acontecer aqui. Lidar com frustrações é também lidar com a violência, diz Rafael.

“Gosto de deixar que o grupo estabeleça os temas e a forma como tratá-los, explica. O objetivo do espaço, de acordo com o terapeuta, é desconstruir e enfrentar o machismo, constantemente”, explica Alexandre Coimbra.

O grupo se reúne quinzenalmente no Espaço Lumos, zona oeste de São Paulo.

Como mudar um comportamento aprendido?

Do ponto de vista teórico, estamos falando sobre as formas como a identidade e o corpo são construídos, a partir das dimensões biológica, psíquica e social.

É o que explica a cientista social e doutoranda em antropologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Simone Frigo.

“O grande problema da maioria das teorias e interpretações é que o foco e a verdade estão assentadas no biológico.

Isto é, na relação direta entre sexo e gênero: nascer com pênis automaticamente imprime em você uma identidade.”

As mulheres avançam significativamente na problematização dessa ideia e cada vez mais se manifestam publicamente sobre o tema. É comum, por exemplo, que meninas e adolescentes rebatam piadas machistas de colegas e professores.

Enquanto isso acontece, a pergunta que surge é se os homens também estão se questionando e, se estão, de que forma eles têm demonstrado mudanças de comportamento?

Para Simone Frigo, os espaços de autonomia construído pelas mulheres a partir do feminismo ou dos feminismos, que exigem muitas vezes excluir os homens do debate, faz parte do processo de desenvolvimento de autonomia e afirmação do lugar público de fala.

Ao mesmo tempo, é preciso considerar que enfrentar o machismo exige também o diálogo com os homens, pensando gênero dentro das relações com o outro.

“Existe uma dificuldade nesse diálogo, pois mulheres estão fartas, e quando tentam dialogar, o diálogo se transforma em uma fala única, pois os homens não se expressam.”

Prova disso, de acordo com a cientista social, que é professora de Gênero e Sexualidade na pós-graduação da PUC-PR, tem sido o relato de professoras da educação infantil (em sua maioria mulheres), sobre as reações machistas de pais em relação a atividades abordadas em sala de aula com os filhos.

“Quando há atividades que buscam levantar outro olhar sobre o corpo e fazer a desconstrução de gênero, quem vai na escola reclamar é o pai machista, embora muitos pais e mães concordem com a abordagem. O pai que apoia e poderia falar ‘que legal’ não é o pai que defende e elogia a professora. Nesse sentido, as mulheres estão mais à frente”, defende a professora.

Os desafios

Não é simples tentar reconsiderar a criação dos filhos, e quem ousa fazê-lo enfrenta seus dilemas. “Que gritinho é esse?” ou “cuida da sua irmã, hein, cara?”, São comentários que, definitivamente, não cabem no repertório da advogada Samia Gomes, mãe do Caetano, de um ano, e de Helena, de dois anos e cinco meses. Apesar disso, ela confessa que trabalhar a quebra de estereótipos acaba sendo mais intuitiva do que pautada em orientações pedagógicas.

“É muito mais fácil criar uma menina feminista do que um menino não machista”.

Segundo ela, isso acontece porque perceber e questionar os comportamentos esperado pelos meninos pode ser mais sutil.

Se Helena não usa brincos e pode usar as roupas que quiser, inclusive as que ainda estão grandes para o irmão, o contrário seria mais difícil de colocar em prática.

Algumas situações do dia a dia ajudam a pensar na questão:

“O Ricardo (marido) sempre chamava a Helena de ‘linda’ e o Caetano de ‘fortão’ ou ‘grandão’. Conversamos sobre isso, pois além de ter outros apelidos para se dirigir a ela que não tivessem relação com o físico, eu não via ele chamando o Caetano de ‘lindo’ ou sendo tão compassivo com as manhas. E ele disse que tinha dificuldades, porque na casa dele, ele tinha que ser mais forte do que as meninas”.

O casal Samia e Ricardo trabalham com os filhos Caetano e Helena pequenas práticas de desconstrução dos estereótipos de gênero, como repensar a diferença entre os elogios dirigidos a meninas e meninos.

E, se de um lado as mulheres crescem reivindicando outro papel, por outro é preciso evitar que homens cresçam com as mesmas ideias de sempre. Caso contrário, será impossível equilibrar a balança. Isso exige diálogo e um papel ativo de toda a sociedade, de homens e de mulheres, a partir das relações que constroem cotidianamente.

“É muito difícil quebrar esses estereótipos, mas acho que é um processo que nós quatro, juntos, temos que trabalhar, conta Samia.

“Vamos apresentando as coisas o mais longe possível dessa dicotomia chata feminino-masculino.”

“Não falamos em novas masculinidades, pois não necessariamente serão masculinidades que irão contribuir com a igualdade, mas pensamos em masculinidades positivas”, sugere a pedagoga Caroline Arcari.

Para que elas sejam reformuladas, o ator Rafael Cristiano só vê uma saída: olharmos para os nossos corpos e de outras pessoas com mais carinho.

Resumo

Enquanto as meninas continuarem sendo ensinadas a serem mais submissas e passivas e meninos autorizados a serem agressivos e com comportamento predatório, criamos um ambiente propício para as violências.

(Fonte: https://lunetas.com.br/masculinidade-estereotipos/, data de acesso: 11/11/2020)

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30 frases que só os homens de verdade entenderão: a 11 só os maduros!

Reunimos 30 frases inspiradoras sobre o que é ser um homem de verdade. Confira essas reflexões sobre a vida, o caráter e a forma de se relacionar dos homens.

Por Flavia Motta

22/04/2016

Há homens que sabem o que querem, outros que não abrem mão do benefício da dúvida. Há os conquistadores e os que se deixam conquistar. Homens que fazem o tipo durão, enquanto outros não disfarçam sua sensibilidade. Instrospectivos ou sociáveis. Tímidos ou extrovertidos. Intelectuais ou esportistas. São muitos os tipos de homens e nenhum deles pode ser definido por um simples rótulo.

E são essas facetas variadas que as mulheres admiram. Ser um homem de verdade não significa se adequar àquilo que os outros esperam. Pelo contrário, significa ser genuíno e íntegro.

Preparamos uma seleção de frases com as quais os homens de verdade vão se identificar. E as mulheres que têm um homem de verdade a seu lado vão admirá-lo cada vez mais.

  1. “Os homens de poucas palavras são os melhores”, William Shakespeare.
  2. “Não tentes ser bem sucedido, tenta antes, ser um homem de valor“, Albert Einstein.
  3. “Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo”, Confúcio.
  4. “Aquele que conheceu apenas a sua mulher e a amou, sabe mais de mulheres, do que aquele que conheceu mil”, Leon Tolstoi.
  5. “Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas, que pelas respostas”, Voltaire.
  6. “O homem comum fala, o sábio escuta, o tolo discute”, sabedoria oriental.
  7. “Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o caráter de um, dê-lhe poder”, Abraham Lincoln.
  8. “Um homem não pode fazer o certo numa área da vida enquanto está ocupado em fazer o errado, em outra. A vida é um todo indivisível”, Mahatma Gandhi.
  9. “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”, Immanuel Kant.
  10. “Todo homem é poeta quando está apaixonado“, Platão.
  11. “É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a vida, quanto dizer que um violinista precisa de diversos violinos para tocar a mesma música”, Honoré de Balzac.
  12. “O campo da derrota não está povoado de fracassos, mas de homens que tombaram antes de vencer“, Abrahm Lincoln.
  13. “Um homem de verdade não diz que uma mulher é linda, a faz sentir-se linda”, Ana Carolina.
  14. “O homem honrado nunca jura; contenta-se com dizer: isto é ou isto não é. O seu caráter jura por ele”, Jean de La Bruyere
  15. “O prazer dos grandes homens consiste em poder tornar os outros mais felizes”, Pascal.
  16. “Quem é homem de bem, não trai o amor que lhe quer seu bem”, Vinicius de Moraes.
  17. “Despreza-se um homem que tem ciúmes da mulher porque isso é testemunho de que ele não ama como deve ser, e de que tem má opinião de si próprio ou dela”, René Descartes.
  18. “Um homem não tem olhos? Não tem também mãos, sentidos, inclinações, paixões? Porque é que um homem não devia chorar?”, August Strindberg.
  19. “Os homens são como as obras de arte: é preciso que se não entenda tudo delas duma só vez”, Miguel Torga.
  20. “O castigo daqueles que amaram muito as mulheres é amá-las sempre”, Joseph Jouber.
  21. “O valor de um homem não se dá pelas roupas ou bens que possui e sim, pelo caráter e beleza dos seus ideais”, Charles Chaplin.
  22. “Um homem só encontrará a mulher ideal quando olhar no seu rosto e ver um anjo e, tendo-a nos braços, ter as tentações que só os demônios provocam…”, Pablo Neruda.
  23. “Quando uma mulher desperta o amor no coração de um homem este amor é capaz de transformar toda a sua vida…”, Augusto Branco.
  24. “O que mexe com a libido das mulheres não é a beleza física, é a inteligência”, Pedro Bial.
  25. “Ser homem é ter uma história e não, ser pura natureza. Ser homem é saber que o mundo não foi dado, mas que se cria”, Gabriel Celaya.
  26. “Ser homem é ser responsável. É sentir que colabora na construção do mundo”, Antoine de Saint-Exupéry.
  27. “Nascer pequeno e morrer grande é chegar a ser homem“, Padre Antonio Vieira
  28. “Nunca nos devemos esquecer que nenhum homem pode fugir de si mesmo”, Johann Goethe.
  29. “Há três categorias de homens: os que contam a sua história; os que não a contam; os que não a têm”, Max Aub.
  30. “O caráter de um homem é formado pelas pessoas que escolheu para conviver”, Sigmund Freud.
(Fonte https://www.zankyou.com.br/p/30-frases-que-so-os-homens-de-verdade-entenderao-a-11-so-os-maduros, data de acesso: 11/11/2020)

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