Hora H: conheça os tecidos utilizados na camisaria

RICARDO OLIVEROS Da coluna Hora H 16/03/2010 06h01

Os tecidos mais empregados na confecção de camisas são:

1. Herringbone ou Escama

O desenho da textura do tecido se parece com uma espinha de peixe. É muito usado nas camisas masculinas por ser uma alternativa aos tecidos lisos. Vai bem tanto no social quanto no casual.

2. Tricoline

É um dos tecidos mais utilizados em camisaria. Sabe aquela camisa básica branca (bem branca)? Em 99% dos casos, é feita de tricoline. Neste caso, a qualidade do algodão pode variar, desde o algodão básico ao algodão egípcio.

3. Fil a Fil

Tecido composto por um fio tingido da cor predominante do tecido e outro fio branco, produzindo um efeito mesclado ao tecido. De toque suave, é agradável para usar durante o ano todo.

4. Oxford

Tecido encorpado de origem inglesa. O entrelaçamento dos fios é composto sempre por um fio branco e outro colorido, que forma um efeito cheio de pontinhos no tecido. Diferentemente do Fil a Fil, o Oxford é um tecido bem encorpado e muito usado na camisaria esporte.

5. Pin Point

É semelhante ao Oxford, porém com um toque mais suave e os pontos do tecido são menores.

Para o estilista Christiano D’Carlos, especializado em camisas sob medida, os tecidos com texturas, também conhecidos como maquinetados, são ótimas opções para camisas brancas. “Temos de vários tipos desde os falsos lisos, canelados ou com efeito de listras em contraste. As possibilidades são infinitas e dão um toque extra ao básico branco”.

O linho e a cambraia também são muito empregados na camisaria, porém, faz parte do tipo de tecido o aspecto amassado e certa transparência, adverte o estilista.

(Fonte: https://estilo.uol.com.br/moda/noticias/redacao/2010/03/16/hora-h-conheca-os-tecidos-utilizados-na-camisaria.htm, data de acesso 10/06/2017)

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Infarto do coração

Definição

O infarto agudo do miocárdio (popularmente chamado de ataque do coração ou ataque cardíaco) ocorre devido à uma obstrução da artéria que vasculariza o coração, chamada de artéria coronária. O resultado desta oclusão é a morte do tecido do coração (necrose isquêmica), uma vez que este não é mais irrigado, mais “alimentado” com sangue rico em oxigênio. Quando uma pequena parte do coração é atingida, pode-se estabelecer uma insuficiência cardíaca. Por outro lado, se a necrose for significativa, ocorre uma parada cardíaca, muitas vezes fatal.

Os sintomas de um infarto do coração são muitos semelhantes aos da angina do peito. Mas durante o infarto, a circulação coronária está completamente parada, ao contrário da angina, no qual o fluxo sanguíneo coronariano é reduzido.

Em casos de infarto do coração, o objetivo é aliviar a dor, mas principalmente, salvar a vida do paciente. Uma vez que o paciente tiver melhorado, ele terá que seguir com uma administração de medicamentos adequada para prevenir complicações e recidivas.

Parentes também podem ser avisados para saber reconhecer rapidamente um início de infarto do coração, para agir rapidamente, e não apenas salvar a vida dos pacientes, mas também para prevenir as complicações de um infarto do coração.

Durante o infarto do miocárdio, a hospitalização de emergência ainda é necessária.

Epidemiologia

O infarto do coração é uma das principais causas de morte dos países desenvolvidos e sua ocorrência está muito ligada ao estilo de vida e dieta adotada pelos indivíduos. O infarto está associado a um grande número de mortes.

Estima-se que no Brasil apenas metade dos infartados chegam com vida ao hospital. De acordo com dados do Ministério de Saúde, DATASUS, os números no Brasil são preocupantes:

  • Estima-se que 25% das mortes no país são causadas por infarto;
  • Cerca de 66.000 pessoas morrem por ano devido ao infarto;
  • Entre 1998 e 2005 o número de internações por infarto aumentou 65%;
  • Entre 1998 e 2003 o número de mortes aumentou 10%.

É importante ressaltar que o número de mulheres acometidas por infarto tem aumentado nos últimos anos. Outro fato alarmante é que as doenças cardiovasculares, como o infarto e o AVC, são a principal causa de morte no país, correspondendo a 33% do total de mortes. Em média, de cada 10 vítimas, 6 são do sexo masculino.

Causas

A principal causa de infarto do miocárdio é a trombose coronariana de um músculo do coração. A artéria do coração é completamente bloqueada, não podendo levar sangue para o coração. O músculo cardíaco não é irrigado em algumas áreas, o tecido morre e torna-se necrótico.

Uma causa incomum de infarto do coração é o espasmo de uma artéria coronariana que acaba por bloquear o fluxo sanguíneo ao coração. Drogas, como a cocaína, podem ocasionar esse espasmo. Outra causa rara de infarto é o bloqueio dos vasos por coágulos sanguíneos ou tumores (metástases) de outras partes do corpo (chamado de embolismo coronariano).

Os fatores de risco para o infarto do coração são divididos em fatores não modificáveis (idade, sexo, genética) e fatores de risco modificáveis (estilo de vida: obesidade, sedentarismo, hipertensão, diabetes, colesterol alto, alimentação, tabagismo e estresse).

Assim, melhorar os fatores de risco modificáveis do infarto do coração é parte de um programa de prevenção da doença.

Segundo um estudo australiano publicado em maio de 2014, o principal fator de risco que afeta o coração das mulheres com mais de 30 anos é a falta de exercício físico. Antes dos 30 anos, o principal fator de risco é o tabagismo.

Desaparecimento de um ente querido

O desaparecimento de um ente querido: na verdade, o risco de ter um ataque cardíaco (e um AVC) aumenta acentuadamente com o desaparecimento de um ente querido e diminui nas quatro semanas após a morte dessa pessoa, de acordo com um estudo publicado em Janeiro de 2012, nos Estados Unidos.

Esta pesquisa realizada com 1.985 adultos que sobreviveram a um ataque cardíaco mostra que após a morte de alguém próximo, o risco de um acidente cardiovascular é de 21 vezes maior que o normal, no primeiro dia após a notícia ruim e ainda quase seis vezes maior na primeira semana. Em seguida, esse risco continua a declinar acentuadamente durante o mês.

“Os enfermeiros e médicos, bem como as pessoas que estão de luto, possuem um maior risco de sofrerem um ataque cardíaco nos primeiros dias e semanas depois de saber da morte de ente querido”, explica o Dr. Murray Mittleman, cardiologista e epidemiologista da Faculdade de Medicina de Harvard (Massachusetts), um dos principais autores deste trabalho.

Gripe e infarto do miocárdio

A gripe pode, de forma surpreendente, aumentar o risco de um infarto do miocárdio. Verifica-se realmente um aumento durante a época da gripe (em geral no inverno), de cerca de 20 % nas doenças cardiovasculares, como o infarto do miocárdio.

Embora as causas não sejam ainda completamente conhecidas, uma possível explicação apresentada por investigadores brasileiros, em março de 2012, poderá advir do fato de que o vírus da gripe promove rupturas do endotélio (tecido que envolve os vasos sanguíneos), que favorecem a formação da placa de colesterol e, deste modo, a acumulação de coágulos sanguíneos poderá provocar um infarto ou outras doenças cardiovasculares.

As pessoas com riscos cardiovasculares devem, por conseguinte, ser vacinadas contra a gripe, pois estima-se que esse gesto permite a redução de cerca de 30 % do risco de virem a sofrer um infarto do miocárdio.

Sono e o risco cardíaco

Diversos estudos dos EUA publicados em 2010 e 2012 mostraram que dormir menos do que 6 horas e mais do que 8 horas por noite pode aumentar o risco cardíaco incluindo o risco de desenvolvimento de infarto do miocárdio. Parece que uma média de sete horas de sono por noite pode ser uma ótima recomendação de prevenção contra o infarto do miocárdio. Sabe-se também que as pessoas que dormem 5 horas ou menos por noite têm risco muito maior de sofrer infarto do miocárdio. Na verdade, o grupo de maior risco, de acordo com esse estudo, são pessoas com menos de 60 anos que dormiam menos do que 5 horas por noite: o risco delas desenvolverem doenças cardiovasculares é mais do que o triplo comparado àquelas que dormiam sete horas.

Ainda não são exatamente claras as relações entre o sono e os distúrbios cardiovasculares.

O consumo de cálcio em excesso

O consumo excessivo de cálcio. Na verdade, um estudo alemão publicado em 2012 mostrou que mais do que 1g (ou 1.000 mg) por dia de cálcio como suplemento alimentar foi associado a um maior risco de sofrer um infarto do coração. Este estudo foi realizado com aproximadamente 24.000 pessoas durante mais de 10 anos e o risco de ataque cardíaco (infarto do coração) era 84% mais elevado em pessoas que tomam mais de 1,0 gramas de cálcio em comparação com aquelas que tomaram 1,0 gramas por dia ou menos.

Outro estudo publicado em 2010 pelo British Medical Journal (BMJ) já havia identificado esse risco. Segundo um estudo de 11 ensaios envolvendo 12.000 pessoas, tomar comprimidos de cálcio está associado a um risco aumentado da frequência cardíaca de aproximadamente 25 a 30%.

Tabagismo e risco cardíaco

Um estudo europeu divulgado em um congresso de cardiologia em Barcelona em setembro de 2014, envolvendo mais de 6.000 pacientes acometidos por infarto do coração em Berlim (Alemanha), mostrou que mais de três quartos das pessoas que sofreram um infarto cardíaco antes dos 55 anos eram fumantes.

Um estudo britânico publicado na revista especializada Heart em 29 de novembro de 2016 mostrou que todos os fumantes que participaram do estudo tinham um risco maior de sofrer de um ataque cardíaco quando comparados com aqueles que não fumavam. O risco foi particularmente elevado entre as pessoas com menos de 50 anos. Na verdade, antes dos 50 anos o risco foi 8,5 vezes maior em comparação com aqueles que não fumavam. Entre os 50 e 65 anos, o risco foi 5 vezes superior e aos 65 anos foi 3,5 vezes mais elevado. Este estudo britânico foi conduzido sob a direção do Dr. Ever Grech do hospital Norther com sede em Sheffield, Inglaterra. Eles analisaram dados de mais de 1.700 adultos que tiveram ataque cardíaco (infarto do miocárdio).

AINEs e infarto do coração

A ingestão de medicamentos anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs) tais como ibuprofeno, o diclofenaco, o celecoxibe ou o naproxeno. De acordo com a agência americana de medicamentos (FDA) que emitiu um comunicado em julho de 2015, os AINEs podem aumentar o risco de infarto do coração (e de acidente vascular cerebral). A FDA revisou vários estudos científicos para chegar a estas conclusões. A novidade deste trabalho de pesquisa norte-americano é que cada indivíduo que toma os AINEs, sem necessariamente ter risco cardiovascular, tem um risco aumentado de sofrer um infarto ou AVC. Em outras palavras, todo mundo está em risco. Este trabalho da FDA também descobriu que quanto maior a dose, maior o aumento no risco de infarto.

Grupos de risco

As pessoas mais susceptíveis a desenvolverem um infarto do coração são: homens, idosos e pessoas com histórico familiar de infarto do coração antes dos 60 anos de idade.

Isso é chamado de fatores de risco não modificáveis do infarto do miocárdio:

  • Idade;
  • Sexo;
  • Hereditariedade;

Há também os fatores modificáveis que influenciam a ocorrência de um infarto do miocárdio. Estes fatores são:

  • Sedentário;
  • Alimentação;
  • Tabagismo;
  • Hipertensão;
  • Diabetes;
  • Sobrepeso, obesidade;
  • Stress
  • Psóriase
  • Insuficiência renal crônica

Idade e Sexo

Homens acima de 50 anos e mulheres depois dos 60 anos podem mais facilmente sofrer de um infarto do miocárdio.

De fato, as mulheres, por causa dos estrogênios (hormônios femininos) estão protegidas até a menopausa contra o infarto do miocárdio – o estrogênio possui um efeito protetor sobre as artérias coronárias. No entanto, após a menopausa, ocorre uma redução na produção de estrogênio, podendo as mulheres além dos 60 anos também sofrerem de infarto do miocárdio.

Segundo um estudo australiano publicado em maio de 2014, o principal fator de risco que afeta o coração das mulheres com mais de 30 anos é a falta de exercício físico. Antes dos 30 anos, o principal fator de risco é o tabagismo.

Hereditariedade

Há famílias de “cardíacos” que são mais propensos a terem um infarto do miocárdio. Essas pessoas devem prestar particular atenção ao estilo de vida para evitar um infarto do coração.

Sedentarismo

O sedentarismo favorece a obesidade, que então pode causar o surgimento de um infarto do miocárdio. Além disso, a pratica constante de atividades físicas leva a melhora da performance cardiovascular, o que acaba por prevenir o infarto.

Alimentação

As gorduras devem ser evitadas por causa do seu colesterol e das gorduras neutras (triglicerídeos). Estas gorduras consumidas em excesso, são depositadas progressivamente nas artérias, causando ao longo do tempo, a aterosclerose, que é a causa do infarto do miocárdio. Não é necessário parar de comer coisas gordurosas, mas deve-se limitar seu consumo.

Evite o álcool. No entanto, o vinho tinto tem um efeito protetor sobre os vasos sanguíneos do coração, mas deve-se tomar apenas de 1 a 2 taças de vinho tinto por dia!

Tabagismo

O tabagismo é um fator de risco conhecido para a doença cardíaca, que favorece a aterosclerose nas artérias do coração. O fumante é exposto a um risco três vezes maior de sofrer um infarto do miocárdio do que os não fumantes.
Não é só o fumo que prejudica a saúde dos fumantes, mas também representa um fator de risco a exposição ao fumo passivo.

Hipertensão arterial

A hipertensão arterial sobrecarrega as artérias. Isso provoca um alto risco de aterosclerose e, portanto, do infarto do miocárdio. Ao medir a pressão arterial, são realizadas duas medições, a medição das pressões sistólica e diastólica.

A pressão sistólica deve estar entre 120 e 140 (mmHg).

A pressão diastólica deve estar entre 80 e 90 (mmHg).

Note que uma medida no dia não significa muito, devido ao fato da pressão variar ao longo do dia. Se a pressão arterial ultrapassar os limites em várias ocasiões, falamos de hipertensão.

Diabetes

A diabetes é uma doença insidiosa, silenciosa e pode levar a várias complicações, tais como, aterosclerose e infarto do coração. Portanto, prevenindo-se a diabetes (tipo II), reduz assim os problemas cardiovasculares.

Sobrepeso – Obesidade

Embora menos da metade da população brasileira esteja com excesso de peso, esse é um fenômeno que afeta uma grande parte dos brasileiros. O excesso de peso é um fator de risco modificável para a doença cardíaca coronariana.

Deve-se levar em conta não somente o IMC (Índice de Massa Corporal), mas a circunferência abdominal também. O IMC, que é a relação entre o peso e a altura ao quadrado, deve estar entre 19 e 25, enquanto que a circunferência abdominal em mulheres não deve exceder 88 cm e, nos homens deve ser inferior a 102 cm.

  • IMC de 19 a 25: peso normal, situação ideal
  • IMC de 25 a 30: sobrepeso
  • IMC de 30 a 35: obesidade
  • IMC acima de 35: obesidade mórbida.

Estresse

O stress pode aumentar a pressão arterial e de repente ser um fator de risco para o infarto do miocárdio. Nós não estamos falando do stress “normal”, o que você sente antes de subir no palco, mas do stress vivido constantemente, causado por estresse psicológico e nervosismo diário.

Uso de drogas ilícitas

Drogas estimulantes, como cocaína e anfetaminas podem desencadear um espasmo de uma artéria coronária e provocar infarto do miocárdio.

Sintomas

O infarto do miocárdio é uma emergência médica absoluta, contate o quanto antes os serviços de atendimento de emergência em caso de sintomas ou sinais suspeitos. Aprofundar a leitura no final da página.

Infarto do miocárdio silencioso

Um infarto do miocárdio pode se caracterizar por sintomas, mas essa não é uma condição imprescindível. Em cerca da metade dos casos de infarto do miocárdio, a pessoa não sente qualquer sintoma, falando-se igualmente de infarto do miocárdio silencioso ou de crise cardíaca silenciosa. Esta última pode igualmente ser fatal, em outros termos, mesmo sem a presença de sintomas clínicos (aprofundar a leitura a seguir) o infarto do miocárdio pode ser mortal.

O médico pode detectar um infarto do miocárdio graças a métodos de diagnóstico como o eletrocardiograma (ECG).

De acordo com um estudo americano realizado pelo Wake Forest Baptist Medical Center, nos Estados Unidos, envolvendo mais de 9.000 participantes, cerca da metade dos participantes não apresentou sinais clínicos no infarto do miocárdio. Ao procederem ao detalhamento, os cientistas observaram que cerca de 9 anos após o início da pesquisa, 386 participantes sofreram um infarto do miocárdio com sintomas clínicos e 317 passaram por uma crise cardíaca silenciosa (assintomática). Segundo os pesquisadores, sofrer uma crise cardíaca silenciosa aumenta para um fator 3 o risco de óbito decorrente de uma doença cardíaca. Este estudo igualmente mostrou que os homens têm mais frequentemente crises cardíacas silenciosas que as mulheres, embora elas provoquem mais óbitos junto ao sexo feminino. Este estudo foi publicado em maio de 2016, na revista científica de referência American Heart Association’s journal Circulation.

Sintomas de infarto do miocárdio (caso presentes)

Observação: aprofundar a leitura a seguir para compreender as diferenças entre os homens e as mulheres no tocante aos sintomas do infarto do miocárdio.

Um infarto do miocárdio pode ser percebido através de alguns sinais ou sintomas clínicos:

  • dor violenta no peito
  • dor que irradia em direção ao ombro e ao braço esquerdo
  • dor que dura mais de 15 minutos, apesar de um repouso
  • dor que persiste, apesar da ingestão de nitroglicerina
  • angústia ou ansiedade
  • dificuldade para respirar (com ou sem dor no peito). Este sintoma é mais frequente em pessoas com idade superior a 65 anos e junto aos diabéticos
  • palidez
  • náuseas e vômitos
  • eventuais perdas de consciência
  • transpiração excessiva
  • batimentos cardíacos acelerados
  • distúrbios digestivos

Surgimento e duração dos sintomas

Os sintomas podem durar de alguns minutos a algumas horas. Eles podem aparecer, desaparecer e surgir novamente.

Diferenças entre homens e mulheres

Nos homens, em 90% dos casos (quando os sintomas se manifestam), os sintomas do infarto do miocárdio são claros e se caracterizam especialmente por uma dor violenta e intensa no peito, que irradia para o braço e para o ombro esquerdo. Com frequência, ocorre forte transpiração.

Junto às mulheres, os sintomas do infarto do miocárdio são em 70% dos casos pouco marcantes ao nível da intensidade, manifestando-se igualmente na forma de dor nas costas, distúrbios do sono, dores no pescoço e na mandíbula, fadiga, queimação no estômago ou náuseas e vômitos. Esses sintomas pouco específicos são frequentemente confundidos com outras doenças.

Como sabemos que o infarto é uma emergência médica absoluta, cada minuto é fundamental para salvar a vida do paciente, as mulheres correm assim um risco superior em comparação aos homens neste momento crucial.

De acordo com um estudo inglês, as mulheres levam em média 12,5 minutos a mais que os homens para chegarem aos serviços de emergência após um infarto do miocárdio.

Sintomas bem antes do infarto do miocárdio

Junto às mulheres, os primeiros sintomas ou sinais de um infarto do miocárdio podem se manifestar vários meses antes da crise. Segundo pesquisas, a maioria das mulheres se queixou de sintomas significativos até 12 meses antes da crise cardíaca. Estes sintomas são muito amiúde uma fadiga (inabitual), distúrbios do sono e dificuldade para respirar. Outros sintomas podem estar presentes, tais como formigamentos nos braços, dores, ansiedade ou ainda distúrbios digestivos.

No homem, alguns sinais podem anunciar uma cardiopatia, tais como disfunções eréteis, calvície precoce ou traços semelhantes a cicatriz no lóbulo da orelha.

Infarto do miocárdio, as reações que salvam

A rapidez na reação é o fator mais importante no salvamento de alguém acometido de um infarto do miocárdio. É preciso:

  • rapidamente telefonar para o serviço de emergência
  • informar o nome da pessoa em questão e a sua localização
  • elevar a parte superior do corpo da pessoa em questão, com o auxílio de almofadas, por exemplo.
  • ajudá-la a respirar, retirando tudo o que puder atrapalhá-la, tal como uma gravata.
  • enquanto se aguarda o socorro, se a pessoa em questão estiver consciente. Recomenda-se fazê-la ingerir aspirina esmagada ou fazer com que ela a mastigue (dosagem de 325 mg para um adulto), salvo em caso de alergia a este medicamento ou de contraindicações. A aspirina ajuda a reduzir os danos ao nível do coração, causados pelo infarto.

Aconselha-se consumir aspirina mastigável para acelerar a entrada do princípio ativo no sangue, mais eficaz que a ingestão de comprimido de forma clássica. A pessoa afetada pode igualmente consumir nitroglicerina, caso este medicamento tenha sido prescrito e recomendado por um médico.

  • se a pessoa em questão ficar inconsciente, realizar uma reanimação cardiopulmonar (RCP, em inglês CPR).

Enquanto se espera socorro, o serviço de emergência pode lhe orientar sobre a prática da RCP.

Diagnóstico

O diagnóstico de infarto do coração é através da anamnese dos sintomas do paciente e, se isso não for suficiente, é feito um eletrocardiograma (ECG).

Eletrocardiograma (ECG)

O eletrocardiograma (ECG) diagnostica ou confirma o diagnóstico de infarto do coração. Na verdade, as ondas descritas no eletrocardiograma, características de um infarto, mostra a atividade anormal do coração.

O médico pode realizar uma angiografia, uma técnica de imagiologia médica para observar os vasos sanguíneos.

As análises biológicas

Através de exames de sangue é possível pesquisar por proteínas específicas no músculo cardíaco, os CPK MB e troponina I ou T, após 6 horas de ocorrência de um infarto do coração. Esta análise irá principalmente confirmar o diagnóstico. Nunca aguarde os resultados desta análise para iniciar o tratamento contra o infarto. De fato, durante um infarto do coração, o tempo trabalha contra o paciente. Temos de agir rapidamente para evitar as consequências da doença e salvar a vida do paciente.

Atenção, alguns testes cardíacos realizados regularmente, como a angiografia, nem sempre detectam o risco de problemas cardíacos ou infarto, especialmente entre as mulheres. É importante ir a um cardiologista ou médico com grande conhecimento do risco cardíaco feminino. Ao praticar algumas análises sanguíneas, além dos testes cardíacos tradicionais, o médico pode eventualmente identificar proteínas e enzimas específicas de distúrbios do músculo cardíaco.

Complicações

As complicações de um infarto do coração são:

  • A ocorrência de insuficiência cardíaca;
  • Arritmia cardíaca;
  • Problemas nas válvulas cardíacas;
  • Ruptura de áreas enfraquecidas do coração (normalmente fatal);
  • Tromboembolia pulmonar e sistêmica;
  • Aneurisma cardíaco;
  • A parada cardíaca;
  • Morte.

Tratamentos

O tratamento do infarto do miocárdio é diferente na crise aguda e na prevenção de uma recidiva.

Crise Aguda do infarto do coração

Durante a crise aguda do infarto do miocárdio, é fundamental agir rapidamente. A velocidade do tratamento determinará não só a sobrevivência do paciente, mas também da repercussão das eventuais sequelas.

Um infarto do coração é uma emergência médica. É sempre, necessário chamar uma ambulância, para que o paciente seja rapidamente atendido e seja levado ao hospital. Assim, quando alguém se queixa de dor no peito que irradia para o braço esquerdo e ombro, deve-se chamar imediatamente uma ambulância.

Depois de um eletrocardiograma, o médico dará ao paciente medicamentos de emergência. Em geral, o tratamento medicamentoso é feito com a administração de analgésicos, tranquilizantes para acalmar a ansiedade (diazepam) e injeção local de trombolíticos para dissolver o coágulo de sangue como aspirina e clopidogrel 300mg. O médico também utiliza derivados de nitratos que são antiarrítmicos.

Em seguida, é possível efetuar uma angioplastia. A angioplastia consiste na dilatação da artéria entupida, com a ajuda de um balão que infla. O médico coloca um stent, que é um objeto metálico que permite manter a estrutura da artéria, fazendo com que o sangue flua e irrigue o coração.

Tratamento básico após um infarto do coração

Uma vez que, o paciente tenha se recuperado, ele terá que se cuidar e fazer uso de uma medicação adequada para prevenir a recorrência do infarto do miocárdio.

O médico irá prescrever como tratament aspirina, clopidogrel 75mg (antiplaquetário), ou heparina que impede a coagulação sanguínea (anticoagulante), um betabloqueador ou inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA) para diminuir a pressão sanguínea, e bem como as estatinas ou fibratos para prevenir o desenvolvimento de placas ateroscleróticas devido ao excesso de colesterol. Este tratamento irá prevenir a trombose e, portanto, a recorrência do infarto do miocárdio.

Além da medicação, será necessário reeducar o paciente, ou seja, corrigir os maus hábitos e dar noções de estilo de vida saudável. De fato, após um infarto do miocárdio, o coração fica enfraquecido, muitas vezes levando à uma insuficiência cardíaca. É possível dar digoxina para fortalecer o músculo cardíaco.

Deve-se considerar uma reabilitação alimentar com o estabelecimento de atividades físicas adequadas, geralmente sob supervisão médica. Na verdade, após um infarto do miocárdio, o coração não consegue mais trabalhar com a mesma intensidade de antes. Deve-se, portanto, não sobrecarregar o coração com atividades que exijam muito esforço.

Medidas cirúrgicas

Além dos tratamentos medicamentosos, o médico poderá indicar cirurgia aos pacientes, como a angioplastia coronariana e uso de stents (redes metálicas que mantém as coronárias abertas) e cirurgia cardíaca, como a ponte de safena.

Dicas

É fundamental durante o tratamento do infarto do coração, tomar a medicação com rigor, para evitar recorrências. Além disso, é necessário fazer uma consulta regularmente ao médico. O médico vai fazer exames para monitorar a condição do paciente e ajustar seu tratamento se necessário.

  • Se o paciente fizer uso de muitos medicamentos, é possível realizar um planejador semanal, para auxiliar no cumprimento do tratamento, ou seja, garantir uma tomada adequada e regular da medicação;
  • Além do tratamento medicamentoso, as mudanças no estilo de vida são recomendadas. Em um paciente que sofreu um infarto do coração, é necessário ver com seu médico as atividades físicas adequadas, pois o coração fica enfraquecido após um infarto do miocárdio. Portanto, não faça esportes bruscos ou que irão fatigar o coração.

É normal que o paciente que já teve um infarto tenha sentimentos de medo e suspeita, achando que terá um infarto a qualquer hora. É importante que, nesses casos, o paciente sempre se apoie na família e use corretamente a medicação indicada pelo médico. Não raro os pacientes podem sofrer de depressão após o infarto, com o medo de morte iminente. Programas de reabilitação cardíaca visam prevenir a depressão e melhorar a qualidade de vida do paciente após o ataque cardíaco.

Os programas de reabilitação cardíaca também visam fazer com o que o paciente perca o medo de fazer as atividades diárias normais, como exercícios físicos, trabalho e até mesmo, sexo. Muitos hospitais contam com esse tipo de apoio e aconselhamento que se baseia em medicação, mudanças no hábito de vida e acompanhamento emocional. Se você quer saber como participar desses programas, converse com um médico.

Exercício após infarto do coração

Depois de sofrer um ataque cardíaco, fazer muito exercício físico pode matar, como mostra um estudo americano publicado em agosto de 2014 no jornal “Mayo Clinic Proceedings”. O limite é de cerca de 150 minutos de esporte por semana ou 75 minutos de exercício vigoroso, ou seja, praticar esporte por mais de 150 min ou 75 min (intensivos) por semana aumenta a mortalidade em pacientes que sofreram um ataque cardíaco.

Estima-se que os pacientes com doença cardiovascular devem praticar 30 a 40 minutos de exercícios diários, quase todos os dias, mas não por mais de uma hora.

Prevenção

Uma vez que, existem fatores de risco modificáveis do infarto do miocárdio, é possível agir sobre eles. Lembre-se que os fatores de risco modificáveis do infarto do miocárdio são:

  • Sobrepeso, obesidade;
  • Alimentação;
  • Sedentarismo;
  • Tabagismo;
  • Hipertensão;
  • Diabetes;
  • Hipercolesterolemia;
  • Estresse.

No que diz respeito a doenças como a hipercolesterolemia, diabetes ou hipertensão, se elas forem diagnosticadas, deve-se fazer um tratamento medicamentoso para trata-las. Para a hipercolesterolemia e hipertensão, uma alimentação adequada pode reduzir ambas as doenças, promovendo uma boa atividade cardíaca.

Um estudo francês publicado em setembro de 2011 mostrou que o vinho tinto tem efeitos benéficos em pacientes operados do coração. De fato, o consumo moderado de vinho tinto (1-2 taças por dia) melhora o fluxo sanguíneo, diminui os níveis de colesterol e aumenta o nível de antioxidantes em pacientes que sofreram um infarto do coração. O estudo foi realizado com o vinho Bourgogne de garde, rico em taninos e antioxidantes.

Obesidade, sobrepeso

A obesidade e o excesso de peso pode sobrecarregar o coração, e cada vez mais, o excesso de gordura pode se acumular em vasos sanguíneos e causar a arteriosclerose.

A obesidade é medida pelo IMC, que fica entre 19 e 25. Assim, alguém medindo 1,65 metros, deve pesar no máximo 68 Kg.

Para fazer isso, é inútil acreditar em dietas da moda que reduzem o peso de uma só vez. Isso pode causar o efeito ioiô. O ideal é diminuir gradualmente a alimentação até que chegue ao peso ideal, para que esse seja mantido. Para isso, devemos prestar atenção à dieta, fazer exercícios regularmente e beber muita água.

Alimentação

Uma alimentação baixa em ácidos graxos saturados, e com antioxidantes favorece a saúde das artérias coronárias que ficam menos obstruídas. Devemos privilegiar o uso do óleo de oliva e canola, em detrimento ao óleo de girassol e manteiga. O vinho tinto também é bom para a saúde, desde que não seja consumido mais de duas taças por dia.

Preconizamos também uma alimentação rica em frutas, legumes, e peixe ao invés de carne.

Uma alimentação respectiva à pirâmide alimentar evita o sobrepeso. Assim, devemos comer legumes, cereais e frutas e, devemos diminuir o consumir de carne, de manteiga (contém ácidos graxos saturados), de gema de ovo, vísceras e frutos do mar (ricos em colesterol).

Em uma pessoa com hipertensão, deve-se evitar o excesso de sal em sua comida, porque o sal tende a aumentar a pressão sanguínea.

Nunca devemos nos privar. A privação remove a alegria. Mas é preciso moderar o consumo de alimentos ricos em colesterol, ácidos graxos saturados e sal.

Sedentarismo – Atividade Física

A atividade física não só ajuda a reduzir a obesidade, mas tem também um efeito benéfico sobre a atividade cardíaca e o humor em geral, através da liberação de endorfinas.

Como qualquer coisa em excesso, a atividade física também pode ser prejudicial em excesso. Não se deve sobrecarregar e sim manter uma regularidade. Então, faça atividade física por 30 minutos três vezes por semana, que será mais benéfica que uma atividade de duas horas, uma vez por semana.

Tabagismo

O tabagismo é um fator de risco para as doenças cardiovasculares. É, portanto aconselhável parar de fumar. Para isso, existem muitas soluções, tais com

  • Os adesivos de nicotina;
  • Gomas de mascar com nicotina;
  • Os inaladores de nicotina para manter o “gesto de fumar”;
  • Os cigarros eletrônicos sem nicotina.

O risco de doença cardiovascular após o fumo desaparece completamente após cerca de 3-5 anos após a cessação do tabagismo. Seu corpo e o ambiente (tabagismo passivo) vão agradecer por esta sábia decisão.

É importante lembrar que as pessoas que fumam passivamente, ou seja, que estão no mesmo ambiente de fumantes e acabam inalando a fumaça, têm altas chances de desenvolverem infarto, pois esta fumaça é tão tóxica quando o próprio cigarro.

Estresse

Pratique esportes e exercícios de relaxamento que ajudam a reduzir o stress e contribuem para uma vida melhor. Um estilo de vida saudável também é aconselhável, com

  • Evitar beber muito café e outros estimulantes;
  • Sair, divertir;
  • Tirar um tempo para si;
  • Cerca-se de pessoas positivas;
  • Cerca-se de livros que promovam o autodesenvolvimento;
  • Manter uma alimentação saudável;
  • Tirar um tempo para comer;
  • Fazer caminhadas;
  • Aprender a esvaziar e não guardar rancor, tristeza, saber falar.

Sono e infarto do coração

Um estudo científico muito interessante publicado em 2010 diz que o indivíduo deve dormir 7 horas por noite para limitar o risco de infarto do miocárdio, nem mais nem menos do que 7 horas (porque em ambos os casos, o risco de infarto foi estatisticamente maior neste estudo).

Outro estudo publicado em 2012 também mostrou que pessoas que dormem menos de 6 horas ou mais de 8 horas por noite tinham um risco maior de desenvolver infarto do miocárdio. Leia também: causas de infarto do miocárdio

Fatores de risco não modificáveis

Sobre os fatores de risco não modificáveis (idade, sexo, história familiar), é essencial conhecer os fatores de risco e aproveitar as campanhas de rastreio existentes. O seu médico ou farmacêutico irá fazer perguntas certas e fazer o teste de diabetes, colesterol e pressão arterial, para uma primeira avaliação do risco de doenças cardiovasculares.

Além disso, a circunferência abdominal, o peso e o IMC (Índice de Massa Corporal), também serão medidos.

Considerando os resultados obtidos, a pessoa será orientada pelo médico, se necessário, iniciar um tratamento. Na verdade, a hipertensão, o colesterol alto e a diabetes são chamados de “doenças silenciosas”. Portanto, a detecção precoce, é essencial para tratarmos melhor essas doenças, e também para prevenirmos complicações cardiovasculares.

As mulheres graças ao estrógeno possuem menor risco de sofrer um infarto do coração. Esses hormônios femininos realmente oferecem uma boa proteção das artérias coronárias. Por outro lado, após a menopausa, há uma diminuição da produção de estrógeno, o que causa muitos inconvenientes, como o aumento do risco de infarto do coração e maior risco de osteoporose. Assim, as mulheres não devem deixar de também adotar regras e modificações no estilo de vida, para prevenir um infarto do coração.

Gripe e infarto do miocárdio

Como já foi abordada na parte das causas do infarto. As pessoas com riscos cardiovasculares devem ser vacinadas contra a gripe, pois estima-se que esse gesto permite a redução de cerca de 30 % do risco de virem a sofrer um infarto do miocárdio.

Consulte a seção das causas de infarto para mais informações sobre a ligação entre a gripe e o infarto do miocárdio.

O chocolate amargo tem efeito preventivo sobre infarto

Como vimos na seção de fitoterapia infarto do coração, o chocolate amargo pode ter um efeito interessante na prevenção do infarto do coração. Além disso, um estudo australiano publicado em Junho de 2012, confirmou os benefícios do consumo regular de chocolate amargo na prevenção do infarto do miocárdio. O consumo diário por mais de dez anos de 100 gramas de chocolate com ao menos 70% de cacau, poderia evitar 70 eventos cardíacos fatais e 15 não fatais dentro de uma população de 10.000 pessoas.

Fibras alimentares

Um estudo publicado no final de abril de 2014 por pesquisadores de Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que a ingestão de fibras aumenta o tempo de vida entre as pessoas que sofreram um infarto do miocárdio (ataque cardíaco).

Os indivíduos com a ingestão de alimentos muito ricos em fibras viram seu risco de ter um ataque cardíaco e um acidente vascular cerebral diminuir em cerca de 25%, em comparação com aqueles que ingeriram pouca fibra. As fibras de cereais apresentaram uma diminuição do risco cardíaco mais significativo do que outros alimentos como as frutas.

(Fonte: https://www.criasaude.com.br/infarto-do-coracao.html, data de acesso 10/06/2017)

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A relação dos homens com a Biodiversidade e a Tecnologia

Os homens desde os primórdios dos tempos e inda assim continua um grande observador da natureza e um inventor por excelência, um continuo criador, e assim ele está preso a biodiversidade (gerada pela natureza) e a inovação a tecnológica gerada por ele, com o objetivo principal de sobreviver ou de viver em condições sempre melhores. Nos próximos dias teremos muitas datas comemorativas em relação ao meio ambiente e a relação do homem (em sua maioria) em algumas atividades que são objetivamente ligadas aos desafios da natureza.

Aqui parabenizamos todas as pessoas que trabalham nestas áreas, mas em especial queremos chamar a atenção dos homens o quanto eles são indispensáveis para que a natureza se mantenha o mais preservado possível o meio ambiente, não apenas para os outros, mas também para si mesmo, tanto como agente na preservação da natureza, quanto um dependente igual a cada habitante neste planeta.

Somos criadores e cuidadores, consumidores e dependentes para, tanto do mundo animal e vegetal, como da água e do ar limpo, desde o calor a uma intensa chuva adequada, tudo continua só para refazer e renovar as energias vitais e o descanso. Compreender que somos parte do Universo, nos faz mais felizes e ao mesmo tempo melhores cuidadores de nós mesmo, do meio ambiente, e de tudo o que nos cerca.

Comemore estas datas, faça palestras, convide amigos e amigas para um passeio ao ar livre nos intervalos de seu trabalho, ou estudo. Receba nosso fraternal abraço e o que pesquisamos nesta edição para você.

As datas comemorativas estão aqui abaixo listadas para você:

  • 22 de maio – Dia Internacional da Biodiversidade;
  • 01 de junho – Semana Mundial do Meio Ambiente;
  • 05 de junho – Dia da Ecologia;
  • 05 de junho – Dia Mundial do Meio Ambiente;
  • 05 de junho – Dia Nacional da Reciclagem;
  • 08 de junho – Dia do Oceanógrafo;
  • 08 de junho – Dia do Citricultor;
  • 08 de junho – Dia Mundial dos Oceanos.

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Entrevista com o Dep. Est. SP Rafael Silva

Dep. Est. SP Rafael Silva

Dep. Est. SP Rafael Silva
(Foto: Espaço Homem)

Breve Perfil do Dep. Est. SP Rafael Silva

Rafael Silva é conhecido por sua forte atuação na fiscalização dos gastos públicos e por sua independência e seriedade como parlamentar. É formado em filosofia e pós-graduado em sociologia. Autodidata, foi professor, em cursos preparatórios, nas disciplinas de matemática, português e contabilidade. É o primeiro e único deputado deficiente visual no Brasil.

Natural de Jardinópolis-SP, Rafael começou a trabalhar ainda menino, aos 12 anos, como auxiliar de escritório. Em 1965, aos 20 anos, foi aprovado, entre os primeiros colocados, para ingressar no Banco do Brasil, quando este concurso era um dos mais difíceis e concorridos do país. Em 1986, perdeu totalmente a visão e precisou se aposentar. Mas não parou de trabalhar. Decidiu que levaria sua experiência para a vida pública e, em sua primeira disputa, foi eleito vereador em Ribeirão Preto, superando preconceito e inúmeras adversidades por sua deficiência visual.

Em dois mandatos como vereador, destacou-se pela luta em favor das pessoas mais simples e foi fundamental para colocar fim na aposentadoria especial para vereadores, que recebiam o benefício com apenas oito anos de mandato. Também trabalhou pela extinção da aposentadoria especial para deputados estaduais, mesmo antes de ser eleito para o cargo.

Como deputado, é autor de leis de grande alcance social, como oferta de 5% das vagas de concurso públicos para pessoas com deficiência, a destinação de 7% das casas populares para pessoas ou famílias com entes nessas condições e a consolidação dos direitos para pessoas com deficiência no estado de São Paulo, como assistência médica, clínica e cirúrgica, universal e gratuita, assegurado atendimento personalizado e prioritário.

É defensor histórico dos trabalhadores rurais, como os antigos boias-frias, e pelo fim das queimadas nos canaviais, lutando por condições dignas para os empregados no campo, que ganhavam apenas R$ 3 (três reais) por tonelada de cana cortada.

Rafael atua em Ribeirão Preto e região com grande empenho em favor de mais de 50 cidades, com destinação de recursos para asfaltamento de ruas, reformas e compra de equipamentos para entidades educacionais e de saúde, entre hospitais de câncer e atendimento de crianças especiais, creches, lar para idosos e Santas Casas, além de lutar pela construção de casas populares.

Foi o responsável direto pela criação da Adevirp (Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto) e pelo melhoramento e duplicação de várias rodovias, antes palco de inúmeros acidentes, muitos deles fatais. Também atuou decisivamente, em Ribeirão, pela construção do Trevão, pelo HC Criança e pela FATEC, conforme notícias do Diário Oficial do Estado de São Paulo.

(Fonte: http://www.al.sp.gov.br/mini/deputados/deputado.jsp?matricula=300344)


OBS.: Respeitamos a Liberdade de Expressão de todas as pessoas. As opiniões aqui expressas NÃO refletem as da TV ESPAÇO HOMEM, sendo estas de total responsabilidade das pessoas aqui entrevistadas.

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Entrevista com Frei David Raimundo Santos, OFM

Breve Currículo de Frei David Raimundo Santos, OFM

É Diretor Executivo da Educafro – Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes – rede com grande numero de pré-vestibulares comunitários em vários Estados. Há mais de 20 anos dedica-se a trabalhos populares, sobretudo na área da Educação para afrodescendentes e carentes. Atualmente tem se destacado como uma das principais figuras do cenário nacional, no debate sobre Políticas de Ações Afirmativas para Afrodescendentes nas Universidades Públicas. Tem atuado intensamente na ampliação e solidificação do sistema de cotas, tanto nas Universidades Públicas quanto em concursos de diversos órgãos públicos. Recentemente, desenvolveu e implementou cursos de português para refugiados da África. Frei David Santos é Teólogo e Filósofo, tendo tido sua Ordenação Sacerdotal 1983. Em 1994, foi eleito membro da coordenação Latino-americana e Caribenha da Pastoral do Negro. Mentor e Criador da Educafro, Frei David inclui nas Universidades, através de parcerias, em média 1.000 alunos com bolsa de estudos anualmente. Ajudou na criação do PROUNI – Projeto do Governo Federal que coloca nas universidades, através de Cotas, Afrodescendentes e Carentes. Em cinco anos colocou mais negros nas Universidades que nos 500 anos anteriores. Tem promovido fortes articulações com o governo e Instituições na inclusão do Negro no Mercado de Trabalho e no Serviço Público através de orientação para a criação de Leis Municipais e Estaduais, também pratica ações Jurídicas destinadas à obtenção da isenção de taxa de inscrição para os exames vestibulares nas Universidades públicas. Frei David Santos é um reconhecido Palestrante em Seminários Governamentais e de ONGs, com fortes ações voltadas à inclusão do Afrodescendente em nosso País e Exterior.

Contato:

Site: www.educafro.org.br

 


OBS.: Respeitamos a Liberdade de Expressão de todas as pessoas. As opiniões aqui expressas NÃO refletem as da RÁDIO ESPAÇO HOMEM, sendo estas de total responsabilidade das pessoas aqui entrevistadas.

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Brasileiro inova com plataforma colaborativa voltada para criação de moda

Publicado em 18-03-2017 Modificado em 18-03-2017 em 16:17

Brasileiro Alfredo Orobio, fundador da plataforma de design de moda “AwaytoMars”. Divulgação

O brasileiro Alfredo Orobio, de 28 anos, residente em Portugal, dirige uma plataforma inovadora que tem por objetivo tornar a indústria da moda mais democrática e acessível a novos talentos. Lançada em 2015, a “AwaytoMars” é aberta à contribuição de designers de todo o mundo e funciona em regime de co-criação e financiamento coletivo.
Luciana Quaresma, de Lisboa para a RFI

A ‘AwaytoMars’ é uma plataforma online que usa a internet para conectar pessoas com boas ideias no mundo inteiro. Qualquer designer pode apresentar sua contribuição. “A gente está com 8 mil pessoas hoje, de 90 países, que mandam, normalmente, mil a duas mil ideias a cada colecção”, diz Orobio. Democrática e inclusiva, a plataforma estimula a criação coletiva e a inovação.

A ideia do projeto surgiu enquanto Arobio pesquisava o comportamento de consumo de moda para o curso de mestrado que fez na Universidade de Lisboa. “Tive vontade de juntar pessoas que não teriam a oportunidade de estar no mesmo espaço físico e criativo para trabalharem juntas. A gente tem pessoas do Cazaquistão que trabalham com pessoas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul. Todas com um objetivo em comum, que é tirar as ideias do papel e colocar à venda”, explica.

Experiência inovadora na Lisboa Fashion Week

A ‘AwaytoMars’, mais uma vez, esteve presente na edição de 2017 da Lisboa Fashion Week, neste mês, num desfile em que cada peça foi criada no momento, provando que moda e arte andam lado a lado. A passarela serviu de estúdio e a inspiração dos criadores foi uma homenagem à capital portuguesa.

“Eu queria trazer o público, o ‘bayer’ e a imprensa para o meu ateliê, para nosso processo de criação. Eu convidei 13 artistas que escolheram Lisboa como residência para fazer uma homenagem e uma intervenção”, explica Arobio. “O que eu queria era que a emoção do momento influenciasse na arte de cada um. Então, cada pessoa que estava dentro daquela sala influenciou o artista naquela criação. É isso o que eu quero com a ‘AwaytoMars’, que todo mundo se sinta parte do processo criativo”, conta Arobio.

O brasileiro sempre teve como principal motivação apostar nas ideias do coletivo e dar espaço para novos criadores. Poder chegar ao maior número de artistas é o objetivo e, por esse motivo, expandir a ‘AwaytoMars’ é o caminho natural. “Hoje, a gente tem um escritório em Londres e faz parte da ‘Centre for Fashion Enterprise’, que é uma organização da União Europeia e da Universidade de Artes de Londres que promove marcas inovadoras”, relata o designer.

Além dos mercados já conquistados, como Inglaterra e Portugal, o Brasil é o próximo na lista da ‘AwaytoMars’. “Estamos desenvolvendo vários projetos com o Brasil […] uma coleção de calçados com uma grande marca brasileira, mas ainda é surpresa”, diz o empreendedor.

(Fonte; http://br.rfi.fr/europa/20170318-brasileiro-inova-com-plataforma-colaborativa-voltada-para-cria%C3%A7%C3%A3o-moda)

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Quem cuida dos cuidadores de idosos?

Por Ingrid Matuoka — publicado 07/05/2017 00h02, última modificação 05/05/2017 18h40

Em 63% dos casos, os acompanhantes morrem até quatro anos antes do familiar ou amigo enfermo por quem zelam

Ingrid Matuoka

No ambulatório dos cuidadores, um espaço para dividir preocupações e encontrar tempo para si

“Quando entra um paciente no meu consultório, entram dois, ele e quem está cuidando dele. Normalmente esse cuidador fica à sombra dos nossos cuidados, nós sequer perguntamos como eles estão”, diz Fabio Campos Leonel, geriatra no Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo. “Quem cuida não tem tempo para se cuidar”, resume.

No Brasil, a maioria dos cuidadores de idosos enfermos ou dependentes são outros idosos, normalmente mulheres da mesma família que não recebem para isso. Os cuidadores formais são caros, por isso, a maior parte das famílias recorre a alguém próximo.

Esse cuidador se torna responsável por, todos os dias, ajudar uma mãe, um avô, um parente ou vizinho com suas necessidades básicas: tomar banho, comer, se vestir, medicamentos e transporte. Às vezes, realizam inclusive tarefas mais específicas, como aplicar injeções, fazer curativos, trocar cateter, e cuidar dos tubos de alimentação. Tudo isso, frequentemente, ao mesmo tempo em que trabalham e cuidam de seus próprios filhos, sem contar com muita ajuda de outros familiares ou dos próprios médicos.

Devido ao esforço e tempo que é demandado, esses cuidadores costumam descuidar de si próprios, abandonam o emprego, os filhos e marido, o tempo para lazer, desenvolvem insônia, depressão e ansiedade, dores nas costas e nos joelhos por causa da força física que muitas vezes precisam fazer ao trocar fraldas ou dar banho.

O desgaste chega ao ponto de 63% das vezes os cuidadores morrerem até quatro anos antes de quem estão cuidando, de acordo com uma pesquisa da Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina dos Estados Unidos da América. Outro estudo descobriu que cuidadores desenvolveram problemas no sistema imunológico mesmo após três anos depois de seu papel como cuidador ter acabado.

“Há uma correlação muito forte entre a saúde física e emocional de ambos”, diz Leonel explicando que quanto mais depende o paciente, mais sobrecarregado e estressado fica o cuidador. Quanto menos saudável o cuidador, mais doente fica o paciente.

Maisa Kairalla, geriatra e presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia de São Paulo (SBGG-SP), também chama atenção para o ônus emocional. “Não é fácil ver alguém que foi um modelo para você, como um pai ou uma mãe, em situação debilitada e dependente. Também acontece o oposto, de ter que cuidar de alguém que não gosta, em um trabalho que requer capacitação e muita paciência para que os idosos não sejam vítimas de maus tratos, o que infelizmente é muito comum”.

Principalmente na última década, a mudança demográfica e no perfil de doenças no Brasil ficou mais evidente. A expectativa de vida hoje é de 74 anos, e as doenças crônicas são as responsáveis por mais de 72% das causas de mortes, conforme dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2014. Dentre a população adulta, 40%, o equivalente a 57,4 milhões de brasileiros, possui pelo menos uma doença crônica.

“É um problema de saúde pública, em que cada vez mais teremos pessoas dependendo umas das outras, sendo que muitas delas nem tem família. Precisamos começar a antecipar o cuidado para não termos uma população de cuidadores doentes cuidando de outros doentes”, alerta Leonel.

Dentre as doenças crônicas, um diagnóstico específico torna os enfermos mais dependentes: a demência, que inclui o Alzheimer. “Um dos sintomas da demência são alterações comportamentais. Isso tira a qualidade de vida do cuidador, porque o paciente fica agitado, não quer dormir, e grita, é agressivo”.

O geriatra do HC também afirma que a baixa escolaridade da população geral dificulta o acesso a recursos e direitos que possam servir de auxílio. “Mas as políticas públicas também não dão muito suporte, cada vez mais temos idosos com uma renda menor”.

Atualmente, tramita no Congresso Nacional a Reforma da Previdência que deve agravar este cenário.

Kairalla defende uma reestruturação do país, desde calçadas, transporte e farmácias até a figura do cuidador. “A criança que nasce hoje tem que entender que ela vai viver 100 anos, e que cada dia mais vamos precisar de um mercado bem treinado de cuidadores, porque o que podemos fazer de melhor pelos pacientes hoje é investir no cuidador”.

O ambulatório para cuidadores

Fabio Leonel, Dulce Mota e Lilian Morillo conversam

“Eu estava com meu amigo no quarto do hospital, dormindo, e ele acordou de madrugada querendo ir ao banheiro. Eu levantei assustado, coloquei os chinelos nele e falei pra vir comigo. Quando eu olho, um monte de sangue. Ele tinha soltado o soro da veia, eu também não lembrei. Chamei as enfermeiras e em dois minutos estava tudo resolvido. Mas e se a gente estivesse em casa? O que eu faria?”, questiona Sebastião Joaquim da Silva, 58 anos, durante uma roda de conversa em uma sala do HC, da qual participaram médicos e outros cuidadores.

A reunião faz parte do ambulatório para cuidadores, criado pelos geriatras Fabio Leonel e Lilian Morillo. A cada três meses, atendem cerca de quinze cuidadores, que geralmente não tem muitas condições financeiras, moram na periferia ou fora da cidade de São Paulo, e cerca de 90% deles são cuidadores informais, ou seja, não recebem dinheiro ou treinamento para exercer o cuidado.

“Tratamos como uma doença, abordando aspectos diferentes de maneira multiprofisisonal, com ajuda de outros médicos, psicólogos e assistentes sociais. Ensinamos desde tarefas práticas, como trocar fraldas, a rever a rede de assistência social e financeira. Eles também passam por consulta médica, porque muitas vezes não fazem isso há anos já que só têm tempo para cuidar do outro”, explica Leonel.

Os médicos deste ambulatório se mantêm atentos a todo novo paciente e seu acompanhante que chega até eles para sinais de estresse do cuidador: dores físicas, cansaço, relatos de falta de tempo e abandono da vida pessoal, entre outros. Ao conversarem, se percebem essas características, encaminham ao ambulatório.

Ana Maria Lucas, 62 anos, cuida do irmão 7 anos mais velho desde que ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) há um mês e está internado desde então. Para chegar ao hospital ou à casa dele, onde ele ficará sob os cuidados dela após ter alta, Ana Maria faz várias baldeações e depende de ônibus, quando ela relata sentir “uma dor horrível” na perna esquerda, até aqui sem diagnóstico.

“Do jeito que ele está aqui, ele vai dar trabalho em casa. Ele está com as mãos enfaixadas porque quer arrancar todos os tubos. Dia desses ele colocou a mão na boca porque não queria fazer inalação. Eu chamei a enfermeira, mas ele tem tanta força que nem eu e ela conseguimos tirar a mão da boca dele. Em casa ele vai ter que usar oxigênio, como vai ser?”, diz Ana Maria.

Em determinado momento, Morillo pergunta se algum deles tem dinheiro para contratar um cuidador que possa substituí-los pelo menos em parte do dia ou ajudar com as tarefas mais pesadas. A negativa vem em coro.

Leonel explica que dividir experiências faz com que os participantes se sintam mais calmos e menos sozinhos. “Nós fazemos reuniões com as famílias dos cuidadores, procuramos atividades físicas ou hobbies para eles fazerem. Tentamos mostrar que é possível gostar de cuidar, que há um ganho narcisístico em se sentir bem e útil. O cuidador é essencial e o trabalho pode ser mais leve”.

Ao final de uma hora, Morillo conduz uma sessão de relaxamento, pedindo para eles fecharem os olhos e respirarem calmamente. “Nossa, isso tira um peso”, exclama uma das cuidadoras.

“Aqui tentamos programar uma alta hospitalar para organizar antes de sair do hospital. Procuramos igrejas ou núcleos religiosos, que costumam se ajudar muito, ou um vizinho, outra pessoa da família”, explica Morillo.

Eslane Pegar Prado, 66 anos, acompanha a mãe no hospital há 45 dias após uma trombose na perna e um tumor no estômago. “Quando ela fica agitada, eu me apavoro. A quem eu vou recorrer? E toda aquela dor que ela sente? Como eu vou fazer pra parar? É terrível”.

Dulce Martins Mota, 63 anos, por sua vez, cuida do marido que sofreu um AVC em 10 de março, e está paralisado do lado esquerdo, só se alimenta por sonda e deve perder os rins. “Aqui estamos amparados, mas e em casa? Como eu vou carregar ele? Tirar a dor? E fazer diálise? E fisioterapia?”

Durante toda a conversa, os cuidadores falaram pouco de si, de onde vieram, quais são suas maiores dificuldades, do que têm medo ou se sentem inseguros, se estão cansados.

Morillo afirma que nas próximas sessões os médicos vão começar a abordar aos poucos estes aspectos, mas essa primeira reunião é bastante representativa de quão focados no outro eles estão. Nos problemas do cuidado, em como resolvê-los, e não em como estão sobrecarregados.

“Eu me sinto mais do que um filho ou pai. Eu sou responsável por ele. Por ele eu assumo e faço tudo o que tiver que fazer”, desabafa Sebastião sobre o amigo internado. “Mas o que está me enchendo a cabeça aqui é se ele vai conseguir voltar a tomar conta de si próprio, e pra Deus colocar uma coisinha de nada de juízo na cabeça desses dos filhos dele, porque hoje ele só diz ‘minha família me abandonou, eu estou morrendo, eu quero morrer’, é só isso que ele fala”. E é só disso que os cuidadores falam.

(Fonte: https://www.cartacapital.com.br/saude/quem-cuida-dos-cuidadores-de-idosos)

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Os Direitos Civis e Políticos não asseguram a Democracia sem os Direitos Sociais

Muita polêmica e nervosismo nos últimos dias com as revelações que demonstram, o quanto se foi enganado ao longo do tempo, posto que “aquelas autoridades” que elegemos para nos defender, na verdade demoravam multo para toda e qualquer decisão em beneficio do povo, por beneficiarem-se a si próprios, ao“ encherem as burras de dinheiros que não lhes pertenciam”. A decepção de algumas pessoas ainda crédulas, anteriormente das denúncias comprovadas, é estarrecedora. Quanto maleficio ao povo tais atos trouxera será incalculável. Nos sites de direitos humanos e em defesa da cidadania desde o Ministério Público Federal, e Estadual e outras autarquias públicas lá estão “descrevendo os direitos de todos os cidadãos” que devem ser respeitados. Rezam os conceitos que só assim se terá a democracia.
Será que até agora mulheres e homens, cidadãos brasileiros “dormiam em berço esplêndido!”, enquanto erramos saqueados pela “ ditadura da corrupção e de falsários travestidos de defensores das leis, necessários a boa ordem da justiça?” Temos que repensar e exigir que se respeitem, “o respeito aos nossos direitos de cidadania”?

Não dá apenas para se ouvir noticiários inertes atirados em um sofá! Está na hora de se reunir com amigos e debater, e além disto buscar e exigir soluções que espera=se sejam justas do “judiciário, em sua corte máxima”, extinguindo quaisquer chances “desses malfeitores do país! Voltarem a ter acesso as “coisas e cargos públicos.”

Enquanto isto, vamos exorcizando a nossa nação com orações e decisões para superarmos tais desastres políticos e econômicos de nosso país, independente de siglas, vamos assumir o poder de Cidadania Brasileira, essa é apenas uma sugestão diante dos conceitos abaixo que desaviamos. Vale “re-pensar” e “re-agir” antes que seja tudo irreversível.

Nosso fraternal abraço, e aqui as pesquisas que fizemos para você nesta edição, além das entrevistas destes cidadãos engajados, que trazemos para a TV e a Rádio ESPAÇO HOMEM. Elisabeth Mariano e Equipe ESPAÇO HOMEM.

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Entrevista com o Dr. Nevton de Oliveira Rocha, médico, radialista e empresário

 

Dr. Nevton de Oliveira Rocha

Breve Currículo do Dr. Nevton de Oliveira Rocha, médico, radialista e empresário

  • Apresentador do programa: Motivação e Saúde
  • Médico, formado pela Santa Casa de São Paulo, com residência médica em ginecologia e obstetrícia também na Santa Casa
  • Diretor-presidente do Grupo Geração Saúde vem desenvolvendo palestras sobre medicina preventiva gratuitamente em todo território nacional.
  • Diretor-presidente da Academia de Sucesso, que ministra palestras sobre motivação e sucesso.
  • Autor de diversos artigos na área de medicina preventiva e motivação. Autor de 12 livros na área da saúde e motivacionais.


OBS.: Respeitamos a Liberdade de Expressão de todas as pessoas. As opiniões aqui expressas NÃO refletem as da TV ESPAÇO HOMEM, sendo estas de total responsabilidade das pessoas aqui entrevistadas.

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Entrevista com Eduardo Brasileiro, Educador Popular

Eduardo Brasileiro

Breve Currículo de Eduardo Brasileiro, Educador Popular.

Eduardo Brasileiro, 25 anos, morador de Itaquera. Sociologia e Política (FESPSP) e membro da articulação Igreja Povo de Deus em Movimento (IPDM), coletivo de paróquias da Zona Leste que em sintonia com os movimentos sociais quer debater o atual momento político e eclesial. Os desafios da igreja católica diante das mudanças socioculturais, econômicas e da missão.

Membro da Pastoral da Juventude onde agremia jovens para a ação direta por mais direitos e vida da juventude.

Contato:

Email: eduardobrasileiroc@gmail.com

Tel: (11) 95147-6991

 


OBS.: Respeitamos a Liberdade de Expressão de todas as pessoas. As opiniões aqui expressas NÃO refletem as da RÁDIO ESPAÇO HOMEM, sendo estas de total responsabilidade das pessoas aqui entrevistadas.

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